TUAS GARRAS
Nas noites que vagando pelas matas,
Encontro em cada moita uma surpresa.
Da loba que se esconde sou a presa,
Já salta e num segundo me arrebatas.
E rendo-me sem medo e sem defesa,
Deixando-me levar, rio e cascatas,
Nos braços deste amor, na correnteza;
Nas forças da paixão que sei inatas...
Entregue sendo caça e caçador,
Também eu procurara pela fera
Que veio com seu salto salvador
Num momento em que eu vinha sem espera.
Feliz por ter as garras encantadas
No peito, bem profundas, entranhadas...
MARCOS LOURES
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