sexta-feira, 30 de junho de 2006

Quem sabe faz a hora, e já!

O crescimento de Alckmin nas pesquisas era esperado. Durante o mês passado todo, Geraldo esteve na mídia, se apresentando como o “bom moço”, castelo de pés de barro facilmente destrutível, a partir da quantidade impar de CPIs arquivadas durante o seu período longo à frente do governo paulista.
Inegavelmente, a tentativa de demonstrar ao povo brasileiro, afetado pela mídia tendenciosa, que o insosso Picolé é uma alternativa “moral” a Lula, surtiu algum efeito.
Isso tudo foi muito bom para que os simpatizantes de Lula não se acomodem, evitando o clima de “já ganhou”, altamente prejudicial a qualquer um. Temos exemplos vários de candidaturas praticamente vitoriosas, serem esmagadas no final da campanha.
O próprio Fernando Henrique Cardoso perdeu uma eleição para Jânio Quadros nos últimos dias da campanha.
Da mesma forma que a candidatura de Lula foi atacada por fogo cerrado, não se pode desprezar a candidatura tucana e deve-se partir para o ataque.
Os telhados de vidro do candidato Alckmin são múltiplos e devem ser alvejados. Chumbo cruzado não dói e “pau que dá em Lula dá em Geraldo”.
Um ponto que deve ser visto por todos é a quem interessa a vitória de Alckmin.
Com certeza, para as camadas mais pobres da população é que não.
A associação de Alckmin ao governo Fernando Henrique é óbvia e deve ser demonstrada a cada momento. Afirmativas como as que Alckmin deu com relação à ALCA, também.
Os famosos escândalos da administração paulista devem ser todos bem explorados. A origem tucana do valérioduto, a lista de Furnas, o escândalo da Nossa Caixa, entre outros.
O PT está ainda muito quieto e muito omisso com relação a isso. Nossa militância é muito maior e mais aguerrida, mas está calada. Tomamos porrada o tempo inteiro sem reação.
Lula continua muito isolado, sem apoio real de seus aliados.
A quem interessa a derrota de Lula? A questão deve ser analisada e exposta, mesmo com a mídia adversa, temos que lutar.
Obviamente tivemos e temos ainda muitos problemas de ordem interna. Nossos erros e nossa auto flagelação chegou a extremos nunca vistos antes.
O PT ainda não se recuperou totalmente de todas as lambanças feitas por meia dúzia de três ou quatro imbecis.
Devemos reagir e com força. A nossa marca sempre foi à luta, a bandeira, a garra. Entretanto, estamos acoitados e medrosos.
Cadê as bandeiras e os botons, cadê nossa militância, nosso orgulho, nossa fibra?
Estamos ainda muito parados, esperando a banda passar, contando somente com a força de Lula que, a bem da verdade, se dependesse de nós estaria perdido.
Não temos que discutir com a corja tucana e pefelista sempre na defensiva. A hora é de atacar, de atingir os pontos fracos dessa turma. É importante para que possamos ficar mais forte, estamparmos nossa verdadeira face. Somos petistas, comunistas, socialistas e lulistas.
Com muita honra, somos sim e não apesar de...
Se analisarmos francamente, qual foi a nossa atitude quando Lula foi atingido em sua honra e moral? Onde estávamos quando um pilantra como esses pefelistas chamaram nosso presidente de ladrão, de bêbado, de pilantra? Onde estávamos quando o safado do ACM conclamou um golpe militar?
Ficamos quietos, deixando um Arthur Virgílio vociferar à vontade, sob o silêncio, passivo, quase conivente dos nossos parlamentares.
Nossa turma no Parlamento é fraca, muito fraca...
Estamos perdendo de goleada dos cães ladradores da oposição. E a cada pancada mal respondida ou permitida, eles crescem sim senhor.
Se chamam Lula de bêbado e não reagimos, estamos admitindo. Se chamam Lula de ladrão e não reagimos, somos coniventes.
É hora de atacar. Um time que fica na defensiva o tempo todo perde o jogo. Estamos deixando escorrer uma vitória tranqüila por entre nossos dedos, ao não reagirmos com veemência a uma turba de salafrários como os que citei.
É demonstrar a incompetência de um José Jorge sim senhor. É mostrar o caos administrativo de São Paulo sim senhor.
Não é poupar nada e ninguém. Enquanto ficamos justificando somente os erros do passado e não apontarmos os erros e canalhices do outro lado, vamos ficar, apesar de íntegros na nossa grande maioria, com a pecha de pilantras e petralhas.
É preciso um pouquinho de Stédile nas nossas veias, e muita garra para a luta.
Ficamos omissos, hoje o PSTU faz mais barulho que todos nós juntos.
O PT que conheci se aburguesou, e muito. Estamos mais para gentleman do que para guerreiros. Um dos raros momentos de garra que vi, foi quando Mercadante reagiu com indignação contra um verme inonimado numa dos vários ataques que sofremos no Senado Federal.
Um safado mato-grossense defendeu-se numa CPI de uma maneira exemplar, enquanto éramos atacados e nossos representantes ficaram omissos.
Cadê o PT, me respondam que eu não estou vendo. É preciso que Lula se defenda sozinho das pilantragens da Veja?
Tá na hora de arregaçarmos as mangas. Pau com pau pedra com pedra.
Senão vamos ficar a ver navios.
E, os grupos financeiros internacionais, a elite econômica, os grupos entreguistas do patrimônio público, os abutres eternos e as sanguessugas do nosso povo sofrido; ou seja, a quem interessa a vitória de Alckmin, correm o risco de ganharem as eleições e deixarem cada vez mais nosso povo a mingua.
Ergam os olhos e levantem a cabeça, estufem o peito e demonstrem, mais uma vez, o orgulho de sermos petistas.
Lula e os seus milhões de famintos e injustiçados agradecem!
A hora é agora e não podemos esperar acontecer!

quinta-feira, 29 de junho de 2006

Por que perdemos a Copa de 1982, por João Polino

Estamos no ano de 1982. A Seleção Brasileira de futebol parece ser imbatível.

Em Santa Martha, João Polino, um dos maiores conhecedores do nobre esporte bretão do sul capixaba está apreensivo.

Os primeiros jogos foram tranqüilos. As vitórias convincentes fizeram todo o povo brasileiro comemorar.

Menos João Polino. Este estava desconfiado e cabisbaixo.

Vieram as quartas de final. A Argentina, como sempre nossa principal rival iria jogar contra a Itália.

Lembremos de uma coisa. A Itália tinha sido segundo lugar no seu grupo, com três empates: contra Polônia, Peru e Camarões. Classificara-se por ter feito um gol a mais que a equipe camaronesa.

Argentina e Itália, o Brasil todo torcendo pela Argentina, menos João Polino.

Dois a um para a Itália e foguetório, agora era pegar a Argentina e partir com tudo contra a Itália, depois correr para o abraço.

Brasil e Argentina foi tranqüilo, três a um com direito a olé e tudo.

Que venham os italianos...

Naquela altura do campeonato, todos eufóricos. João Polino calado.

Vieram as apostas e, incrivelmente João Polino acertou o bolão. Sozinho...

Os três a dois da Itália foram, talvez, a maior zebra das Copas do Mundo, menos para João.

Perguntado sobre porque acertara o placar, contra todas as previsões, João Polino foi taxativo:

“Eu sabia. Desde o momento em que o Telê convocou a seleção eu sabia que não ia dar certo.”

Curiosos, perguntaram ao velho futebolista qual era o erro da convocação.

João respondeu, de bate pronto:

“Esse teimoso do Telê não convocou aquele menino”.

Ah. Realmente o Reinaldo fez muita falta.

Ao que João respondeu finalizando o assunto ;

“Que Reinaldo que nada, estou falando daquele menino, o Zagalo!”

O Eleitorado de Lula é formado por idiotas, analfabetos e imbecis

A atriz Luana Piovani, 29, levou seis meses para ler o clássico "Cem Anos de Solidão" (1967), do escritor colombiano Gabriel García Márquez, 77, Nobel de Literatura de 1982. Como o livro tem 384 páginas, isso significa que ela leu apenas duas páginas por dia, em média.
Em seu
blog, Piovani comenta a façanha com entusiasmo: "Terminei de ler meu último companheiro de 6 meses, meu fiel amigo de cabeceira, meu gorducho livro! Gabriel e eu realmente nos entendemos! Cem Anos de Solidão me fez viajar por lugares quentes, me apresentou mulheres loucas e admiráveis e ainda me descreveu uma cena de amor enfestada [sic, o correto é infestada] de borboletas amarelas."Considerando a média diária de duas páginas, a atriz vai levar quase quatro anos para ler os seis livros da série "Harry Potter", que possuem, em português, mais de 2.700 páginas. Em dois meses, ela consegue "matar" o novo sucesso de García Márquez, "Memória de Minhas Putas Tristes" (128 páginas).A descoberta da literatura clássica foi festejada por Piovani em seu blog: "Despedi-me dele feliz, cheia de histórias novas e com uma sensação boa de respeito por uma coisa tão simples, pequena e poderosa: o livro! Agora ele tá lá, na minha estante."

24/02/2006U4 Fui nos 2 shows... os 2 dias... ao todo 7 shows do U2, ao longo dos meus 29 anos... Amsterdam ainda é o número 1... o Bono com o Gil é 10, mas com o Lula é 0. Se o Bono soubesse... Miracle Drug for you... P.s. Usem camisinha e pelo amor de Deus, se beberem, NÃO DIRIJAM!! Bom Carnaval a todos.

Realmente eu concordo quando dizem que o eleitorado de Lula é burro, analfabeto e imbecil.
Temos tido exemplos como os acima, a cada dia.
Essa é uma típica eleitora anti-Lula. Inteligente e sagaz.
Valeu Luana...

Uma esmola a um pobre que é são. Por Átia Mandarino

Um total absurdo essa distribuição de dinheiro para a ralé. Quem tem competência que se estabeleça, quem não tem, fazer o quê?
Não agüento mais esse lero-lero pseudo esquerdista de “renda mínima”.
Quem mandou o sujeito não estudar? E, depois que estudar, vai fazer o que com o diploma?
Essa história de dar o peixe, está criando uma geração preguiçosa!
Podem apostar que, daqui a alguns anos vai ser muito difícil encontrar empregadas domésticas, lavradores, biscateiros, faxineiras, etc...
Essa plebe rude vai se achar capaz de alguma coisa e aí, já era...
Vamos ter que procurar mão de obra nos países mais pobres.
Ou vamos poder convencer uma advogada a trabalhar como doméstica?
Esse pessoal tá pensando o quê? Estão achando que vai haver melhor distribuição de renda?
Eu, francamente, tenho pena dos iludidos que vão pensar que poderão competir com os rapazes e moças criados a pão de ló. Na hora agá, desemprego ou subemprego.
Não se iludam não, vocês estão sendo enganados por esta corja ladra e escroque!
O que é do homem, o bicho não come! Filho de peixe, peixinho é...
Então, meus filhos, prestem atenção no que essa mulher vivida, educada nos melhores colégios do Rio e da Europa diz : NÃO SE ILUDAM COM O SAPO BARBUDO.
É melhor vocês ficarem aprendendo a costurar e cozinhar, lavar chão, e lavar banheiro, pois esse será o final de quem acreditar nesse “golpe do canudo”.
Quem nasceu para plebe nunca chega à majestade!
E, na verdade, todos esses programas “esmolares” que dizem, assistencialistas, me lembram aquela máxima:
“Seu doutor, uma esmola a um pobre que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”.
Eu acuso Lula de estar transformando nosso povo em uma cambada de sem vergonhas e viciados...
E, depois quem vai fazer a faxina lá em casa?
E, quando meu sofá ou as roupas ficarem inutilizáveis, vou poder dar para quem?
Já estou vendo em quanto esse Operário Ladrão e Alcoólatra vai inflacionar a caridade...
Onde vou colocar os brinquedos quebrados dos meus netos?
Me respondam e pensem. Onde iremos parar com esses programas “sociais”?
Por último, como faz para pescar? Se alguém souber, quero aprender.
Pesque e pague é a última moda por aqui...

Odeio essa gentalha - Por Átia Mandarino

Odeio gentinha. Podem ter certeza de que não há coisa pior do que esse tipo de coisa abjeta chamada povinho.
Não quero ser preconceituosa, mas me dá nojo saber que tem gente que defende esse bando de cachaceiros.
Inclusive um presidente tão beberrão como esse que o povinho escolheu para governar esse paisinho de terceiro mundo.
Se o sujeito ainda bebesse vinho, cognac, uísque, ainda ia. Mas, francamente, bebedor de cachaça é duro.
Um camarada que não tem noção do que seja finesse, nem tem idéia do que seja escargot nem vitela. Acredito que esse sujeitinho de terceira deve achar que caviar é caca de barata.
Falar em ovas de esturjão, para esse tipo de gentinha deve parecer ofensa...
Cada asneira falada por esse boçal me dá mais tristezas por ter nascido nesses cantos de cá. Paiseco infeliz.
Aquela máxima tem tudo a haver com o que vocês chamam de “País do Futuro” – que povinho Deus mandou para cá.
Lembro-me dos bons tempos passados, dos tempos do Copacabana Palace, do Ibraim Sued...
Que delícia me recordar dos jantares no Hotel Glória, nas festas no Quitandinha, nos grandes saraus nas mansões de Botafogo...
Tínhamos orgulhos de sermos brasileiros.
Não éramos governados por essa caboclada inculta e sem classe.
Uma vez, num dos dias mais inesquecíveis da minha vida, Jorginho, o nosso playboy, namorou Grace Kelly!!
O Presidente da República tinha que, como diplomata maior da nação, falar no mínimo quatro ou cinco idiomas.
Não ser um ignaro energúmeno como esse que temos agora!!
Como podem ter dúvidas entre um MÉDICO e um operário preguiçoso que cortou o dedo para se aposentar?
Ah! Que saudades dos tempos onde tínhamos um Paulo Francis, um Guinle... Hoje o que restou? Respondam-me: O que sobrou disso tudo?
Nada, um povinho funkeiro, sambista (que nojo), coisa de favelado...
Me lembro daquelas noites quando dançávamos com Paul Mauriat, Severino Araújo, que delícia...
Depois que inventaram essa tal de “democracia”, isso tudo acabou.
Não que eu seja a favor da ditadura não, longe de mim, sou a favor da aristocracia; se possível, da monarquia.
Imaginem que maravilhoso termos um Rei, termos barões, duques, condes e viscondes...
Quanto teríamos de belo e maravilhoso na Corte, com seus palácios e requintes...
Mas juntou-se essa petralha ladra e roubou tudo, sonhos e dinheiro.
Pobre não pode ter oportunidade mesmo não, o meu amado Fernando Henrique está certo, pobre chegou perto de dinheiro, acabou...
Outra coisa, essa turma tem é que ir trabalhar, não é partido de trabalhador?
Não me venham falar em igualdade, nem em fraternidade, muito menos de solidariedade; isso é conversa para ganso dormir.
Ganso gordo, foie gras fabuloso.
Faisões, galetos a primo canto.
Camarões, lagostas, mas lula, lula não. Isso é coisa de polvo...

Lembo e Lula, cada dia mais próximos.

Olha só o que fez um dos principais aliados de Alckmin: o governador Cláudio Lembo convidou Lula para participar, amanhã, no Palácio dos Bandeirantes, da cerimônia de assinatura de convênios na área de reurbanização de favelas.

É a primeira vez desde 2002 que Lula irá a um evento na sede do governo paulista.

Alckmin deve estar feliz da vida com Lembo. "Blog do Noblat"


Mais um dos que traíram o nosso amado Geraldo Alckmin, vulgo Geraldo, futuro Gegê.
É um absurdo o que esse homem, sem Deus no coração, um traidor da nossa causa faz.
Depois de assumir o cargo de Governador, esse vicezinho de segunda categoria resolveu colocar as manguinhas de fora.
Em primeiro lugar, veio com aquele papo de “elites brancas”, coisa de racista e de preconceituoso estúpido. Eu queria ver a mídia como agiria, essa mídia vendida e vermelha, se ele tivesse dito “proletários negros. Iam cair de pau. Mas teve imbecil que elogiou o que esse tal de Lembo, Limbo ou Lombo, sei lá, disse.
Papo de comunista, isso é vergonhoso para a nossa casta impoluta e digna. Essa história cairia bem se fosse dita por um desses petralhas por aí. Ou por um desses puxa-sacos do Presidente Cachaceiro.
Tudo bem, a gente fingiu que não ouviu, melhor esquecer, pode ser ataque de arteriosclerose, como teve aquele alagoano, o Teotônio.
Poucos dias depois, lá vem de novo esse ser vil batendo de frente com o nosso querido e amado Antonio Carlos “Bondadeza” Magalhães.
Aí já estava passando dos limites.
Brigar com Padim Tonim é ter muita cara de pau. Coisa que somente o louco do Itamar “Vai piorar” Franco teve a audácia de fazer.
Mas o Itamar é doidim de pedra, o Lembo não. Era um homem cordato, ficou um tempão como vice, daqueles vices exemplares.
A gente vê um vice como o Alencar, que fica discutindo taxa de juros, essas coisas, e isso dá a impressão de que a qualquer momento vem confusão. Mas esse não, Lembo era o pacato vice. Inexistente vice. Vice ideal...
Pois bem, eu até entendo que o Geraldo não tenha respondido a ele quando houve aquelas confusõezinhas com o PCC. Ninguém é de ferro, o pessoal tava lá em Nova Iorque, pedindo provavelmente as bênçãos do padim Bush, ou respirando os ares reconfortantes de New York.
Como se sabe, tucano precisa de ares mais civilizados para pensar. O bicho ficou meio aculturado depois do FHC. Paris e New York são fontes de inspiração para o ninho. Assistir a uma peça na Broadway, passear em Manhattam, sentir aquele “cheirinho” de civilização é importante para quem vai ter que comer buchada de bode, comer acarajé, vestir roupa de couro, montar em jumento, ir à festa caipira, etc.
Se bem que esse negócio de festa junina os tucanos tiram de letra. Principalmente na hora da quadrilha...
Eu entendo, mas o Lembo não. Velho tem cada esquisitice. Podia bem quebrar o galho e assumir a culpa daquelas coisas lá em Sampa.
Mas não, o teimoso cismou em procurar quem? O Cachaceiro. Logo ele.
É claro que o pilantra cachaceiro propôs ajuda. É muita cara de pau desse tal de Lula.
Agora, o decrépito vem com uma dessas...
Convidar o pinguço para ir a uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes.
Ainda bem que é num negócio ligado a favelas, assunto que o alcoólatra conhece bem.
Pelo menos nesse ponto, o velho acertou. Geraldo entende é de gente bonita e bem vestida.
Ah se a festa fosse na Daslu, esse velho pilantra ia ter que se ver comigo.
Cada macaco no seu galho, ou melhor, cada tucano no seu galho, ou melhor, cada lula no seu galho, ou melhor, cada galho no seu galho, ou galho melhor que galho por último, e eu não quero ser quebra galho, ou que fique tudo em frangalhos...

quarta-feira, 28 de junho de 2006

Uma análise de texto. O segundo completa e explica o primeiro.

FHC diz que Lula ‘cacareja’ sobre ovos alheios

Apenas 24 horas depois de Lula ter dito, no primeiro discurso como candidato, que seu governo tem mais a mostrar que a administração do antecessor –“Fizemos em 42 meses mais do que eles em oito anos”— o tucano FHC decidiu cantar de galo.
Falando na convenção que homologou a candidatura de José Serra ao governo de São Paulo, o ex-presidente provocou: “Eles estão cacarejando sobre os ovos postos por outros. Não temo a comparação. Venham com qualquer tema. Chega de bazófia, de garganta. E esse presidente fala muito e, quando tem de fazer, deixa para os outros”.

A alcunha de falador foi uma das mais suaves que Fernando Henrique pespegou em Lula. Brindou o sucessor com adjetivos bem mais depreciativos: “corrupto” e “incompetente”, por exemplo (clica).

Lula tem dito que não pretende deslizar para a baixaria. Há poucos dias, chegou mesmo a dizer que responderá à ira dos adversários com carinho, amor e trabalho. A disposição do presidente será testada nesta segunda-feira. É preciso verificar como ele vai reagir quando for informado de que a conversa da campanha chegou ao galinheiro.

Para FHC, de fato, a gestão de Lula fez mais do que a sua em pelo menos dois pontos: "Eu quero a comparação (...) Teve coisas que eles fizeram mais do que nós: muita corrupção, os escândalos, aí ganharam. Também gastaram muito. É muita publicidade, é muita propaganda, é muita palavra para encobrir o nada. Aí, ganharam”.

FHC listou alguns dos “ovos” botados por seu governo e que agora estariam sendo “cacarejados” por Lula. Disse que foi na sua administração que o governo começou a conceder aos brasileiros mais pobres benefícios como o Bolsa Escola e o Vale-Gás. "Eles juntaram tudo isso e aumentaram", emendou, referindo-se ao Bolsa Família, carro-chefe da campanha de Lula na área social.

Ao falar sobre a gestão econômica, FHC tachou o governo Lula de “incompetente". Ele disse: "É uma vergonha que em um mundo nas condições de hoje, bem diferentes das do meu tempo, o Brasil não tenha aproveitado a onda para crescer mais. Falavam e ameaçavam. Mesma coisa: 2,6%. Eu, com quatro crises financeiras, e eles com um "boom" econômico no mundo todo. Incompetentes."


TUCANOS


São designadas por tucano as aves da família Ramphastidae que vivem nas florestas da América Central e América do Sul.
Possuem um bico grande e oco. A parte superior é constituída por trabéculas de sustentação e a parte inferior é de natureza óssea. Não é um bico forte, já que é muito comprido e a alavanca (maxilar) não é suficiente para conferir tal qualidade. Seu sistema digestivo é extremamente curto, o que explica sua base alimentar, já que as frutas são facilmente digeridas e absorvidas pelo trato gastrointestinal. Além de serem frugívoros (comerem fruta), necessitam de um certo nível protéico na dieta, o qual alcançam caçando alguns insetos, pequenas presas (como largarto, perereca, etc) e
mesmo ovos de outras aves. Possuem pés zigodáctilos (dois dedos direcionados para frente e dois para trás), típicos de animais que trepam em árvores.
São monogâmicos territorialistas (vivem e se reproduzem em casal isolado). Não há dimorfismo sexual e a sexagem é feita através de DNA. A fêmea e o macho trabalham no ninho, que é construído em ocos de árvores. A fêmea choca e o macho a alimenta. Fazem postura de 3 a 4 ovos, cujo período de incubação é de 18 dias.
O tucano ainda não é uma espécie ameaçada de extinção, entretanto tem sido capturado e traficado para outros países a fim de ser vendido em lojas de animais. Isto tem como conseqüência a diminuição de sua população nas florestas, pondo em risco a variabilidade genética, como também a morte de muitos animais durante o transporte.

Pesadelo

Sonhei um sonho sonhado
Desse tempo já passado
Por onde eu nunca passei.
Nem nunca mais encontrei,
O que perdi pela vida.
Nessa busca sem sentido,
Por essa noite perdida,
Pelo nunca mais ter tido.
Passava ruas estreitas,
Encruzilhadas sem rumo,
Tremendo pelas maleitas,
A vida perdendo o prumo.
Nesse sonho que sonhava
Percebi tantas senzalas
Mal percebia, acordava,
Voltava pras mesmas salas.
Os olhos podres sorriam,
Voavam sobre meu rosto,
Devoravam, renasciam
Formas, paladar e gosto.
Nos fraques que eles vestiam,
Um sorriso de bom moço,
No fundo todos sabiam,
Cardápios do mesmo almoço.
Nas bandejas, as cabeças,
Dos sonhos que tive outrora,
No meu sonho que às avessas,
No pesadelo d’agora.
Voltavam aves rapinas,
Tragando tudo de novo,
Destruindo essas campinas,
Sugando todo esse povo.
Forjavam outras correntes,
Acorrentando os mais frágeis,
Nos cantos, todos dementes,
Na carne, as unhas mais ágeis.
Expondo vísceras ocas
Dos trôpegos caminhantes,
Penetravam pelas bocas
Destruíam como dantes.
Numa dantesca folia,
Riam-se, tão delirantes,
Decepavam, maestria
Como fizeram bem antes.
Cuspiam todas as faces,
Ladravam nessas orgias,
Aproveitando os impasses,
Repetiam melodias
Cantadas nas tempestades,
Criadas sem fantasia,
Matavam as liberdades,
Anoiteciam o dia.
Nesse sonho já vivido,
Abandonado num canto
Crendo que estava perdido,
Renasceu, prá meu espanto,
Na noite, na madrugada,
Sem luz de lua a brilhar,
Sem vida, sem canto, nada
Que se possa festejar.
Meu Deus, afaste o tormento,
Não me deixe mais sonhar.
Quero viver o momento,
Quero essa vida a brilhar.
Não permita o pesadelo,
Não deixe mais retornar,
Corte o fio, esse novelo,
Não pode recomeçar.
Essas aves que cantaram,
Não deixe de novo, agora,
Pelos tantos que mataram,
Pelos corpos,que lá fora,
Apodrecem no quintal,
Esquecidos nas favelas,
Nas roças na capital,
Já não quero tantas velas.
Nem quero mais funeral,
Do nosso povo sofrido,
No grande canavial,
Pelo tanto destruído,
Pelo muito que roubado,
Esfacelando esse povo,
Pobre, sofrido, acoitado.
Não permita isso de novo!

Para Marcos Dimitri, pelo seu segundo aniversário.

Vieste, em favor divino
Para um velho sonhador,
Que de novo, vai menino
Vivendo esse novo amor.
Traz esperança bendita
Nos teus olhos, nesse brilho,
Tua mãe, tão doce Rita,
Agradeço-te esse filho.
Minha vida, entardecer,
Já não cabia esse dia,
Em ti, de novo viver,
Ressurgir a fantasia.
No cansaço dessa lida,
Outros cantos conceber
Vai, esvaindo-se a vida,
Outra vida faz viver...
Amar-te é doce demais.
É poder recuperar
Tudo que fora capaz,
Um dia poder sonhar.
Menino, meu mimo e ninho.
Teu canto, meu passarinho,
A mais bela melodia,
Traduzindo em alegria,
Os meus olhos outonais
Minha vida já sem vida,
Meu mundo tão sem paz,
A juventude perdida,
Os tempos não voltam mais.
Me trazes nova esperança,
De me sentir tão capaz,
De lutar por ti, criança,
Nesse mundo tão cruel,
Se puder trazer a lua,
Iluminando teu céu,
Cravejando tua rua,
Por onde irás caminhar,
Com pedrinhas de brilhante
Só pro meu amor passar...
Meu menino, meu gigante...

28 de Junho... discutindo futebol.

Hay dias que no sé ló que me pasa
Que abro meu Neruda e apago o sol,
Misturo poesia com cachaça
E acabo discutindo futebol...



Pois é, nesse dia 28 de junho, véspera do segundo aniversário do meu querido Marcos Dimitri, não há muitas novidades nos horizontes políticos do país. Tirando o pedido de demissão do Ministro da Agricultura, não há muitas novidades no país do futebol.
Além do próprio, é claro.
O PSDB, obedecendo as ordens dadas por padim Tonim, baixou a crista e ficou com o rabo escondido sob as penas, na Bahia de São Malvadeza Durão.
Jefferson Perez, o Outro, vai ser vice do Buarque, o outro. Voltam ao Senado, os dois...
Em vários estados, a “Unidos venceremos” prepara a gororoba intragável. Tenta primeiro convencer os aliados que vale a pena lutar, para depois convencer o povo. Se, no primeiro tempo o jogo tá difícil, mais difícil ainda vai ser convencer que Geraldo não tem nada a haver com FHC, ou que FHC fez um bom governo.
A defesa do Sociólogo é o Real, mas a estabilização econômica é filhote do Itamar, ou será que estou errado?
O PC do B vem com Lula, e esse é o caminho mais acertado; tanto histórica quanto coerentemente.
Geraldo quer Orestes junto com ele, mas Orestes não quer Geraldo, que ama José “Apagão” Jorge, que ama Tasso, que ama Agripino, que ama Arruda, que ama Antero Paes, que ama “Arcanjo” Efrain, que ama Aécio e Serra que fingem amar Geraldo, que submete-se a ACM, que junto com César maia, não amam ninguém. (Inspirado em Quadrilha... do Drumond).
Por falar nisso, Geraldo outro dia afirmou que a culpa da crise do final do Governo passado foi do “medo do Lula”, inclusive as “pernas abertas” para que mais de cem bilhões de dólares saíssem do país, via contas C5.
A confusão na “Unidos Venceremos” também é reflexo do “medo do Lula”. Confere?
Mais uma coisa deve ser acrescentada a esse dia 28 de junho. O frio, aqui fez um frio de lascar.
Mas, voltando ao futebol, estou torcendo pela Argentina ganhar da Alemanha. Time de casa não perde Copa do Mundo fácil não. E a torcida alemã vai torcer contra quem eliminar a sua seleção.
A italiana, como sempre, vai aos trancos e barrancos. Sem um Paolo Rossi da vida, fica mais complicado.
Ucrânia é a maior zebra, mas Croácia e Turquia ficaram em terceiro lugar nas últimas Copas.
Prefiro a Inglaterra que esse Portugal à la Scolari. É osso duro de roer...
Agora, o Brasil, apesar de ter a dupla Cafu Dida acho que tá indo bem.
Dimitri, papai te ama.
De resto, tudo segue na mais perfeita ordem, conforme os governistas ou num verdadeiro caos, conforme os oposicionistas.
Ah, esqueci de uma coisa: Geraldinos e Arquibaldos votam, em sua imensa maioria, no Lula. Ou no Nuna na na, conforme o meu russinho...

terça-feira, 27 de junho de 2006

SOBRE A CRISE DE IDENTIDADE DE UMA COLIGAÇÃO POLÍTICA

SOBRE A CRISE DE IDENTIDADE DE UMA COLIGAÇÃO POLÍTICA

ACM ameaça retirar apoio a Alckmin na Bahia
As relações entre PSDB e PFL estão prestes a azedar na Bahia, Estado em que a coligação parecia mais bem resolvida. Irritado com a decisão do tucanato baiano de lançar o vereador José Carlos Fernandes para o governo baiano, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) ameaça:

“Se eles querem prejudicar o Geraldo Alckmin, podemos até ajudar. Se a direção nacional do PSDB, o meu amigo fraternal Tasso Jereissati e o próprio Alckmin ficarem de braços cruzados, nós também vamos cruzar os braços. E eles vão ter na Bahia uma derrota pior do que a do Ceará”, disse ACM ao blog.

A menção ao Ceará, Estado de Jereissati, presidente nacional do PSDB não pingou dos lábios de ACM de graça. Assim como na terra de Jereissati, Lula prevalece sobre Alckmin na Bahia por larga margem de votos. As pesquisas atribuem ao candidato tucano percentuais que variam entre 15% e 17% das intenções de votos dos eleitores baianos. Lula oscila entre 55% e 60%.

ACM prossegue: “Esse ódio dele só tira votos. Eu passei a ser maior do que o avô dele (Juracy Magalhães), passei a ser maior do que o pai dele (Jutahy Magalhães). Depois, meu filho Luiz Eduardo foi maior do que ele. E agora o ACM Neto é maior do que ele. Eles querem levar o Alckmin para o mesmo caminho que leva à perda de votos aqui na Bahia. Se isso é feito com as bênçãos da direção do PSDB, nós vamos dar o troco”.

O cacique do PFL baiano afirma que se Alckmin der atenção a Jutahy e ao grupo dele nas visitas que fizer à Bahia, será ignorado pelo PFL. “Quero que o Alckmin chegue aqui e não veja nem o Jutahy nem esse candidato laranja que eles lançaram. Do contrário, ele não vai me ver”.

ACM deve chega a Brasília na noite desta terça-feira. Pretende reunir-se nas próximas horas com Tasso Jereissati. Condiciona a manutenção do apoio a Alckmin na Bahia ao resultado desse encontro.




Aqui temos um retrato absolutamente real do que é a política. Um dos maiores senhores feudais do país, por causa de outro feudalista de estirpe idêntica, se rebela contra uma estrutura tão arcaica quanto cartorial.
A divisão de poder e a luta por esse fazem com que um dos principais baluartes da candidatura de Geraldo ameace se retirar se Geraldo, do PSDB apoiar o candidato do PSDB. Não é incrível?
Esse é mais um aspecto da coligação “Unidos venceremos”, entre tantos outros.
Alguns analistas políticos criticam e vêem fragilidades no fato do Presidente não ter apoio formal de alguns partidos que, historicamente, estiveram formalmente ao seu lado.
Convenhamos, o não apoio formal do PSB é muito menos deletério do que o FORMAL DO PFL.
Parece que os tucanos, após oito anos de convívio durante a administração FHC, ainda não sabem como lidar e conviver com os “filhotes da ditadura” pefelistas.
Hora é César Maia, hora é ACM, hora é o Adolf Jorge, hora o José Jorge, o Agripino, entre outros.
A coligação dos tucanos com os hematófagos de sempre beira ao auto flagelação com aspectos de autofagia.
Não será necessário nem o ataque nem o revide, apenas o açodamento das diferenças eternas e profundas entre o roto e o esfarrapado para que a crise interna da candidatura se faça mais evidente.
O grupo trabalha, na desunião, unido para a derrocada em outubro.
A cada dia, eles mesmos nos dão motivos para não acreditar nem na seriedade nem na consistência da candidatura de Geraldo.
As eleições caminham, a passos largos para uma disputa entre “Unidos Venceremos” e nulo. Com grandes chances do nulo ultrapassar o candidato tucano...

Eu também tenho um "pé na cozinha"...

Certo dia, naquele pequeno reino beira mar, havia um homem muito sábio.
Vivendo sempre perto do riacho que atravessava todo o território do minúsculo reinado, sem nunca ter saído dali, conhecia a vida de todos os moradores.
A resposta a cada pergunta feita vinha pelo vento, trazida pelas águas ou no canto dos passarinhos.
E sempre havia uma notícia nova, a toda hora, transitando pelas ondas que captava, no seu silêncio e na sua mansidão.
Como já estava ali há mais de oitenta verões, conhecera todos os reis e súditos, a todos, desde o nascimento até a morte.
O rei atual era filho da lavadeira, pobre lavadeira que vivera limpando as manchas das roupas dos ricos. Da mesma forma que seu filho queria, a todo custo, limpar as manchas deixadas no reino pelos antigos soberanos.
Esses eram todos pertencentes a nobreza do local, filhos dos barões e dos condes, príncipes e princesas que , como a maioria dos reis, viviam do trabalho dos súditos.
Houvera um rei poliglota, famoso por ter aprendido vários idiomas, menos o dialeto usado pelos súditos.
Isso não era novidade, já que os reis anteriores também não sabiam falar aquela língua pobre, bem diferente do idioma oficial do reino.
Termos como liberdade, fraternidade, solidariedade, tinham sido extirpados do idioma real, por alguns reis antigos que por lá apareceram, principalmente Ernesto I e Emílio I, acusados de terem mandado matar e desaparecer com alguns rebeldes.
Após a intervenção de alguns nobres idealistas, como um tal de Odisseu. Aristocratas, sabedores de seu poder escravizador e contando com a ignorância mantida estrategicamente, dos súditos, finalmente aceitaram fazer eleições.
No começo tudo deu certo, os súditos fragilizados e famintos, mantiveram os aristocratas no poder, como era de se esperar...
Um representante dos súditos, o filho da lavadeira citado acima, tentara, sob o escárnio dos aristocratas, várias vezes chegar ao reinado.
Um dia, por descuido dos aristocratas, ou quem sabe pela falta de qualidade dos candidatos destes, comprovando o ditado que diz que “água mole em pedra dura...”, o filho da lavadeira ganhou a eleição.
O rei Henrique I e II, famoso no mundo inteiro por sua capacidade de falar sobre tudo e não dizer sobre nada, irado e tentando boicotar de todas as formas o seu sucessor, principiou a vender todos os bens do reino, permitindo que todos os aristocratas que quisessem, por meio do Banco do Estado Real, retirar tudo o que quisessem.
A fome começou a se espalhar no reino, e o preço dos alimentos disparou.
Para surpresa de todos, o filho da lavadeira, que falava melhor o dialeto do que o próprio idioma real, começou a recolocar no dicionário, as palavras solidariedade, dignidade, igualdade e liberdade.
Enquanto isso, o sábio da beira do rio, ouvia tudo e nada falava, somente pensava nas ironias da vida...
Como conhecia todos os moradores do reino, sabia muito bem que os súditos, que nunca foram ouvidos pelos reis antigos, agora só falava no dialeto desconhecido por estes...
Por conta disto, os aristocratas estavam falando, falando, ofendendo o rei, tentando aprender a falar o dialeto dos pobres.
O sotaque demonstrava que ainda não tinham aprendido, quem sabe um dia?
O sábio do rio assistia a tudo e se ria, sabedor de que nada mais engraçado que um lorde tentando demonstrar que tem “um pé na cozinha”...

Hijas de la luna

Puro sabor de mulher,
Delícia de paladar,
Melindroso delírio
Num raio desse luar
Que brilha por que quer,
Transforma dor em lírio.

Se quero ter teu sim,
Nunca me negues o não
Meu principal defeito
Não te concebo verão
Não quero teu carmim
Não teria esse direito...

Meu karma é não te ter
Nem preciso imaginar,
Beija flor sem paradeiro
Me é Bastante te encontrar,
Imaginado, por inteiro,
O que não pude viver.

Necessito toda a vida
Procurando traduzir
Esse meu sonho impossível.
Que nada vai permitir,
Fazendo crível d’ incrível,
Início na despedida.

Te quis por todos os séculos
Desse eterno nunca ser
Seguindo o rastro da lua,
Onde pretendo caber
Te vendo assim, toda nua,
Lançar aos céus meus tentáculos...

Num dia, poder tocar,
E penetrar teus segredos,
Fecundando essas entranhas,
No sonho te engravidar,
Perdendo todos os medos,
Beijando tuas montanhas.

Invadir teus vales, trilhas...
Tomando-te por amante,
Nesse sonho e fantasia,
Penetrando, delirante,
A toda hora e todo dia,
Concebendo nossas filhas...

Os olhos da cobra verde...

Olhando bem pros teus olhos.
Comecei a perceber
O quanto que dói a vida,
Essa vida por viver.
Tens a magia que encanta
E traduzes muita dor
Nos olhos teus tanto brilho,
Refletem o meu amor.
Tenho medo, e isso é tudo,
Não consigo mais fugir,
Do visgo que me prendeste
Nada mais vai impedir...
Olhando para teus olhos,
Reconheci o luar
O sol que emitem, transfere,
Brilho que morre no mar.
Quero a verdade da vida
Contida no teu olhar,
Esperando a despedida,
Com ganas de te encontrar.
Me enfeitiças e me tragas,
Traz prazer e solidão.
Eu quero sempre o teu sim,
Embora escute só não.
Na fúria dos meus desejos
Nunca encontro o teu reflexo.
A cada dia, em teus beijos,
Despertando todo sexo.
Mas, vadias, olhos tontos
Me deixas ir sem sentido
Melhor morrer, pois então
Melhor não ter conhecido,
Nunca ter visto afinal
Os olhos que arreparei,
Pois se eu já soubesse disso,
Não amava a quem amei...

Ao meu querido e inesquecível Fernando Henrique Cardoso, com aplausos!

FHC diz que Lula ‘cacareja’ sobre ovos alheios
Apenas 24 horas depois de Lula ter dito, no primeiro discurso como candidato, que seu governo tem mais a mostrar que a administração do antecessor –“Fizemos em 42 meses mais do que eles em oito anos”— o tucano FHC decidiu cantar de galo.
Falando na convenção que homologou a candidatura de José Serra ao governo de São Paulo, o ex-presidente provocou: “Eles estão cacarejando sobre os ovos postos por outros. Não temo a comparação. Venham com qualquer tema. Chega de bazófia, de garganta. E esse presidente fala muito e, quando tem de fazer, deixa para os outros”.

A alcunha de falador foi uma das mais suaves que Fernando Henrique pespegou em Lula. Brindou o sucessor com adjetivos bem mais depreciativos: “corrupto” e “incompetente”, por exemplo.

Lula tem dito que não pretende deslizar para a baixaria. Há poucos dias, chegou mesmo a dizer que responderá à ira dos adversários com carinho, amor e trabalho. A disposição do presidente será testada nesta segunda-feira. É preciso verificar como ele vai reagir quando for informado de que a conversa da campanha chegou ao galinheiro.

Para FHC, de fato, a gestão de Lula fez mais do que a sua em pelo menos dois pontos: "Eu quero a comparação (...) Teve coisas que eles fizeram mais do que nós: muita corrupção, os escândalos, aí ganharam. Também gastaram muito. É muita publicidade, é muita propaganda, é muita palavra para encobrir o nada. Aí, ganharam”.
FHC listou alguns dos “ovos” botados por seu governo e que agora estariam sendo “cacarejados” por Lula. Disse que foi na sua administração que o governo começou a conceder aos brasileiros mais pobres benefícios como o Bolsa Escola e o Vale-Gás. "Eles juntaram tudo isso e aumentaram", emendou, referindo-se ao Bolsa Família, carro-chefe da campanha de Lula na área social.

Ao falar sobre a gestão econômica, FHC tachou o governo Lula de “incompetente". Ele disse: "É uma vergonha que em um mundo nas condições de hoje, bem diferentes das do meu tempo, o Brasil não tenha aproveitado a onda para crescer mais. Falavam e ameaçavam. Mesma coisa: 2,6%. Eu, com quatro crises financeiras, e eles com um "boom" econômico no mundo todo. Incompetentes."


É isso aí, meu querido e competente FHC, coloque os pingos nos iis.
Basta desse pessoal do Governo atual querer ficar tentando enganar o povo!
Pode ter certeza de que a maioria absoluta da população brasileira sente muitas saudades do tempo em que o Senhor Doutor era nosso presidente!
Que saudades dos tempos em que a gente era feliz e não sabia.
Tínhamos um país melhor, com emprego pleno, todas as casas iluminadas, um país bem cuidado, um chuchuzinho de tão bonito!
Todos nós sabemos o quanto que o senhor contribuiu para a melhora da qualidade de vida do nosso povo, quem não se lembra vamos rememorar:
1- O senhor nos ajudou a livrar a nação brasileira dessas estatais que só serviam para desfalcar o erário brasileiro, um verdadeiro cabide de empregos. Quem não aplaude a venda da Vale do Rio Doce? A nossa telefonia agora é das melhores do mundo, quase que ninguém reclama, funcionando maravilhosamente com competência ímpar.
2- Quem pode se esquecer da energia farta, colocando o Brasil entre as grandes potências energéticas do mundo? Graças a Deus o vice do Geraldo é o competentíssimo ministro das Minas e Energias do nosso fantástico Fernando Henrique Cardoso.
3- Imagina se tivéssemos privatizado a Petrobrás então? Seriamos a maior potência energética do mundo. Concordo com o senhor que o brasileiro não tem competência para administrar uma empresa como aquela. Afinal, não foi esse povinho estúpido que elegeu esse incompetente ladrão alcoólatra?
4- Esse pessoal está com a mania de pagar dívidas. Bem falou o Geraldo, pagar dívida é coisa de pobre. O chique é PEGAR dinheiro emprestado, se não fosse assim as grandes fortunas do mundo não teriam acontecido. Pobre é quem paga contas e impostos. Rico usufrui...
5- Nada mais insolente que um analfabeto tentar governar um povo. A democracia é simples figura de linguagem, na verdade é da elite, para as elites, pelo povo. Povo só serve para pagar o pato. Comer? Nem as patinhas...
6- Esse pessoal comedor de arroz e feijão reclama do preço da comida. Isso também é coisa de pobre. Rico não reclama de preço de comida. O preço das diárias dos hotéis de luxo em Punta e em Jacarta não aumentaram não, isso é o que importa.
7- Outra coisa, fica esse “nordestino aculturado” falando de educação, esse tal de PROUNI, coisa mais sem nexo. Analfabeto não pode ter noção do que seja isso. O senhor, como sociólogo de alto nível, assim como o nosso querido e renomado doutor Geraldo é que têm todo o direito de representar o que há de bom e o que é necessário em relação à saúde e educação!
8- Muito me espanta também esse pessoal falar sobre Bolsa Família. Para que tanto dinheiro gasto com essa turma de vagabundos e desempregados, cachaceiros e prostitutas. Bastava os quinze reais da bolsa escola, e olhe lá.
9- Também não podemos nos esquecer que na época do Senhor, fizemos uma festa inesquecível para comemorar os nossos quinhentos anos. Aquela festa vai ficar guardada para sempre na nossa memória.
10-Vendo o Parreira hoje, me recordo do senhor. Como é bom a gente ter um homem culto no comando. Falar inglês, isso sim é coisa de um presidente. Nada de ficar arranhando um português tão ruim como esse que o Chocador faz... A não ser quando se precisar ser bem entendido, como no caso em que o senhor, com muita propriedade chamou essa corja de aposentados de vagabundos. Foi lindo de se ouvir!

Isso sem falarmos da corrupção, invenção sem igual desse governo safado que se arvorava de ser honesto.
Vejam só a que ponto essa canalha chegou. Tiveram a perspicácia de roubar com tal intensidade que o dinheiro, magicamente, sumiu.
Os trilhões de dólares roubados, simplesmente escafederam-se. Inventaram a tática OVNI de roubo, ninguém viu, mas todos nós sabemos que existe. Aliás, como o senhor disse, brilhantemente, no Jô Soares, pobre não pode ter poder, senão rouba. Outra coisa, rouba tá seu analfabeto, róba e coisa de burro.
Por último, essa corja não tem nem a capacidade de chocar ovos alheios. Nessa matéria o senhor é mestre!
O plano real foi feito no seu governo né moço!? O senhor é meu ídolo, embora o Itamar e o Ciro não gostem muito do senhor, por causa de um certo ovo que fugiu pro seu ninho...

segunda-feira, 26 de junho de 2006

Ex-secretária de Valério agora pede voto


O PMDB paulista confirmou no último sábado o nome de Fernanda Karina Somaggio como candidata a deputada federal.

Fernanda Karina Somaggio, só para lembrar, é ex-secretária do empresário Marcos Valério. Em depoimento à CPI dos Correios e ao Conselho de Ética da Câmara no ano passado, ela contou detalhes dos encontros entre Valério e políticos envolvidos no esquema do mensalão.

Agora, desempregada, resolveu ser candidata.



Realmente, a candidatura de Fernanda Karina me faz pensar em algumas coisas que julgo relevantes.
Em primeiro lugar, tivemos a tentativa frustrada de posar para uma revista masculina, pela quantia,nunca confirmada de dois milhões de reais; fato esse alardeado pela top model valeriana.
Depois de um período de ostracismo, a excelente e ética secretária entra com tudo numa nova aventura. Ser política.
Apóio francamente e inteiramente tal candidatura.
A começar pela fantástica profissional que essa moça demonstrou ser; creio que onze em cada dez empresários adorariam tê-la como secretária; já que a mesma pode ser vista como exemplar para sua classe profissional.
Além do que, a forma com que a mesma fez questão de anotar e não se esquecer de nenhum detalhe dos encontros e desencontros de seu chefe, demonstrando uma memória fantástica, quase que fotográfica.
Outra coisa que chama a atenção no profissionalismo de uma secretária de tal padrão, é a discrição.
Sabemos que os funcionários que privam de nossa intimidade podem ter nessa heroína nacional, um exemplo de conduta e de norte profissional.
Quem de nós não gostaria de ter nossa intimidade exposta a todo tipo de mídia?
Uma funcionária deste naipe é certeza de primeira página nos jornais e nas revistas. Imaginem uma secretária do lar com tal padrão profissional?
E um porteiro de boate? E um porteiro de motel? Seriam exemplares para toda uma sorte de servidores domésticos e afins.
Imaginemos pois, um médico ou um padre com tal padrão ético?
Como não seriam agradáveis de se ler as manchetes jornalísticas?
A privacidade é coisa do passado neste mundo globalizado. A OAB deveria servir como cabo eleitoral dessa menina. Mineira com muito orgulho.
Enfim Minas de Drumond, de Tiradentes, de Pelé, de Guimarães Rosa, de Santos Dumont, deve se orgulhar de também ser Minas de Fernanda Karina.
A eleição deste excelente exemplo para o nosso povo, dessa doce pessoa, ética e moralmente perfeita, também deve nos trazer mais um aspecto.
Aconselho os nossos deputados, consolidada a eleição, com oitenta a cem mil votos, segundo previsão da moça, de elegê-la como membro efetiva do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
A julgar-se pela Ética apresentada nas votações para as cassações dos participantes dos escândalos, a cadeira dessa menina deve ser cativa.
Fernanda – Orgulho de Minas – Karina, te desejo boa sorte. Melhor sorte do que nas negociações com a famosa revista supra citada. Embora eu ache que a visão nua e crua do âmago impoluto dessa nobre senhora, seria de melhor tom para podermos avaliar a profundidade de sua capacidade como representante da moral e da ética nacionais.
Desse seu admirador, Marcos Loures...

domingo, 25 de junho de 2006

Sobre o orgulho de ser brasileiro

Se analisarmos friamente, veremos que em todas as sociedades, por mais que nos pareçam justas ou injustas; ocorrem diversas formas de opressão e de prostituição, exploração sexual, entre outros aspectos que denigrem a espécie humana.

Voltando a um passado recente, veremos a exploração sexual das eslavas, tanto quanto foram exploradas as francesas e as italianas no pós-guerra imediato, bastando ler Alberto Moravia para entendermos isso.

Nunca um povo foi tão humilhado na Europa quanto o russo pré revolução de 1917, sendo o último povo a acabar com a escravidão, dentro da “civilização européia”.

A imagem que temos dos EEUU, a partir das vísceras expostas após o furacão Katrina é asquerosa. Tanto quanto a que tínhamos de um povo que destruiu todos os indígenas para roubar suas terras e sua riqueza.

O que não dizer dos ingleses, opressores e destruidores com crimes contra a raça humana sem par dentro da história moderna.

Os maiores consumidores de prostituição de todas as idades e de drogas são aqueles mesmos que se dizem “civilizados”.

A venda de corpos não é mais indigna que a compra.

Dentre os países orientais, com suas culturas milenares, temos casos de canibalismo em países como a China, além de humilhações sofridas pelas mulheres em alguns países africanos e islâmicos.

Quando se analisa a História da Humanidade, temos que observar que toda evolução é feita a partir de sangue e de miséria, dos lamentos de um povo que, após ser prostituído, escravizado, destruído em seus princípios éticos e morais, tem a oportunidade de ressurgir.

Cuba, antes da revolução era o prostíbulo americano, tanto quanto o é hoje, Porto Rico e Jamaica. Somente uma revolução educacional e de dignificação permitiu uma melhora da auto-estima de um povo.

As gueixas japonesas, antigas prostitutas somente há pouco tempo deixaram de ser o símbolo do país.

As prostitutas francesas e eslavas são famosas.

A carne vendida em todos os pontos do planeta, principalmente no lado ocidental é tão vergonhosa quanto a discriminação contra a mulher em sociedades mais arcaicas.

Quando um europeu vem ao Brasil, ao Vietnã, à Tailândia, entre outros, em busca de prostitutas infantis, ele é tão ou mais criminoso do que os desgovernos e as injustiças desses países, ou estou errado?

O consumidor de drogas permite o tráfico e o mantêm.

A partir do momento em que os maiores consumidores, tanto da prostituição infantil e das drogas são oriundos do mundo “civilizado”, poderemos concluir que deve-se recriminar e coibir tanto os consumidores quanto os que ofertam e produzem.

Não me envergonho de ser da raça humana, pelo contrário.

Meu principal orgulho decorre do fato de estarmos em um país em construção, ou seja, sem os vícios e os hábitos que transformaram as “civilizações” nesta podridão com que deparamos hoje.

O mundo “civilizado”, vítima das mesmas injustiças que padecemos hoje, continuaram a gerar as mesmas, em seu próprio ou em outro país.

A minha esperança é que o Brasil aprenda com os erros dos “ditos cidadãos civilizados” e possibilite uma sociedade melhor do que esta que está aí.

Com nossas mulatas, com as Cicciolinas italianas, com as prostitutas eslavas e escandinavas, com as prostitutas orientais ou com as submissas e escravas afro-islâmicas, ou por que não dizer, com os famintos americanos de Nova Orleans.

É um equívoco ficar comparando o passado", diz Alckmin



São Paulo paga o 2º pior salário para delegado
LUÍSA BRITOda Folha de S.PauloO Estado de São Paulo paga o segundo menor salário do país para um delegado em início de carreira. Apesar de ser a maior economia do Brasil, o Estado fica à frente apenas da Paraíba no valor da remuneração.Para se ter uma idéia, o Orçamento paulista para este ano é de R$ 81,292 bilhões. Já o da Paraíba é de R$ 3,987 bilhões.Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado, o salário inicial bruto paulista é de R$ 3.000 para um delegado que trabalha em um município com menos de 50 mil habitantes. A Paraíba paga R$ 2.865,80 em todas as cidades.Em cidades com mais de 500 mil moradores, o salário é de R$ 3.483,35. O valor é inferior ao que ganha um agente de terceira classe (a mais baixa) do Distrito Federal, R$ 5.062,17.A Folha fez um levantamento do salário inicial dos delegados em todos os Estados. O maior é o de Mato Grosso, R$ 8.552,32. Segundo a associação de delegados de polícia do Estado, o salário é melhor porque eles conseguiram equiparação com os procuradores estaduais.A função atrai pessoas de todo o país. "No último concurso para delegado, mais da metade dos inscritos era de outros Estados", disse o presidente da associação, Nilton Teixeira, ex-investigador em São Paulo.


Quando Geraldo Alckmin afirmou que Lula não deveria falar em passado, sua afirmativa não foi bem entendida; já que as comparações administrativas entre o Governo Popular de Luis Inácio e o Governo Fernando Henrique são gigantescamente prejudiciais ao ex-presidente tucano. Dono de uma das piores performances a frente do poder executivo, no Brasil, sendo que isso se torna mais evidente a cada dia.
Porém, o que não se pode negar é que, a partir desses dados acima, associados com dados relativos aos salários da Polícia Militar paulista, passo a entender melhor a afirmativa do ex-Governador paulista.
Quando diz que Lula não deveria, entenda-se “Não precisa”, já que o próprio Geraldo demonstra as causas e os efeitos da insegurança e desmandos que tomaram conta de São Paulo durante o seu governo!
Um estado como o de São Paulo, com o maior custo de vida no país, paga um dos piores salários aos delegados, e isso dá a dimensão de como a segurança pública é “prestigiada” pelo Executivo paulista.
Um dos motivos pelos quais o ÚNICO ESTADO BRASILEIRO ONDE AS FEBENS NÃO FORAM CONTROLADAS, é São Paulo.
Afirmar-se que haveria relações entre o PCC e algumas alas do PT, é uma afirmativa imbecil, e tenta ofuscar a real situação: O PCC foi fomentado pelo Governo Paulista, mesmo que de forma indireta, ou seja por omissão ou seja por incompetência.
Quero, ainda crer na boa índole do Dr. Geraldo, reafirmo AINDA CRER, embora seja difícil entender até que ponto a ineficiência administrativa, aliada a uma sensação tão grande de egoísmo ou desconhecimento das diferentes classes sociais, permita que haja tal depreciação de um dos pilares da Segurança Pública, tanto em nível de polícia militar, como civil.
Ainda prefiro crer que Alckmin seja um total alienado da realidade do estado em que vive, principalmente das camadas sociais mais humildes. Já que para quem é dasluniano, as dificuldades da periferia são conhecidas somente pelas manchetes de jornais populares ou programas de tevê sensacionalistas.
Caro Geraldo, conhecer a população não significa ir com segurança máxima aos morros e favelas nos dias de eleição.
É preciso contato com a realidade, e isso não possuis; e, se possuis, não percebestes.
Obviamente, os salários baixos e desmoralizantes, geram a corrupção e a corrupção gera os “domingos de maio” da vida.
Pergunte ao sociólogo que desgovernou esse país há alguns anos. Pensando bem, não pergunte nada. Ele também não entenderia isso...
Para quem chamou aposentado de vagabundo, qualquer trabalhador mais simples é um “aprendiz de vagabundo”.
Doutor, bem sei que foste um grande anestesista, famoso até. Do mesmo naipe profissional de um Antonio Carlos Magalhães da vida.
Bem mais do que o de um Inocêncio de Oliveira, por exemplo.
Bem sei que tens a mesma visão do ACM sobre a vida, já que durante vastos anos, vocês andaram juntos.
Mas, conselho de quem vive em outro estado, coincidentemente arrasado pelo mesmo PSDB ao qual o senhor pertence – O Espírito Santo – não ameace o país com o seu “choque de gestão” nem com a sua competência administrativa. Pelo que vimos e temos conhecimento dela, o Brasil não merece isso não.
Basta o PCC e o Gratz com sua gang.
Por favor, basta!

Considerações sobre Aparecida

Em 1717, na cidade de Guaratinguetá, Estado de São Paulo, Brasil, após várias horas pescando sem resultados, três pescadores retiraram do rio Paraíba o corpo de uma imagem sem cabeça.
Em seguida, lançada a rede novamente, encontraram a cabeça da imagem. Surpresos, lançaram a rede pela terceira vez e a pescaria foi tanta que puderam encher suas canoas.
Esses três pescadores, Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.



Uma das coisas que me chama a atenção na história do encontro dessa bela escultura, se traduz em algo relacionado ao país onde foi e a época em que foi feita e encontrada.
Recordemos que nosso país, colônia portuguesa na época, era uma terra escravagista e não somente isso, era , por ser colônia, um local extremamente distante do sentido de liberdade.
À época, na Europa, estávamos no auge do movimento Iluminista, onde tínhamos uma efervescência cultural, com a tentativa da valorização do ser humano e o renascer das idéias científicas com afastamento da explicação religiosa cristão-judaica para a formação do universo e da humanidade.
Maria, mãe de Cristo, uma figura ímpar do Cristianismo, apresentava-se já como uma presença constante na formação religiosa na época.
A imagem de Nossa Senhora da Conceição desde o ano de 1646, era padroeira do Reino de Portugal, portanto extremamente conhecida pelos religiosos e pelo povo brasileiro naquela época.
O que nos faz supor que, por ser conhecida e ter uma “face” popular tanto em Portugal quanto na colônia brasileira, inspirava os católicos de ambos os povos em suas orações e promessas.
Num simbolismo extremamente condizente com a época em que foi encontrada, temos a imagem de uma Maria Negra, ou melhor, de uma Nossa Senhora da Conceição negra.
Isso me permite imaginar que o genial escultor, a tenha feito propositadamente como uma forma de protestar contra a escravidão absurda e violentamente contrária aos ideais humanistas e iluministas, assim como contrário ao conservadorismo da Igreja Católica naquele período da história.
Podemos imaginar também que, no interior de uma província como São Paulo, distante da capital colonial e basicamente rural, a descoberta de tal escultura seria equivalente a condenação à morte.
A destruição e a “eliminação” das provas, ou seja da escultura seriam a única alternativa para que o escultor não fosse condenado à morte, pela Inquisição Católica por heresia, e pelo Reino de Portugal.
Os fatos que decorrem disto, demonstram que, realmente a Igreja Católica passou a fazer do “limão, a limonada”; ou seja, utilizou-se do encontro da maravilhosa estátua, no seu sentido representativo de liberdade e de igualdade, para torná-la em “abençoada”.
Tempos depois, um compositor se utilizou da imagem dos “Anjos negros” para fazer um protesto equivalente.
O que podemos dizer é que, a Estátua de Nossa Senhora da Conceição Negra, traduz uma fantástica expressão de protesto contra o Conservadorismo Católico e a favor da igualdade entre os povos.
E, demonstra como um escultor ou melhor, um corajoso e anônimo libertário, escapou da morte e teve transformada, pela própria Igreja que criticava, sua obra em PADROEIRA DO FUTURO PAÍS QUE NASCIA, perto dali, nas margens do Ipiranga...

DE MARCOS COUTINHO LOURES -SONETO COM ESTRAMBOTE – PARA CARMITA LOURES.


Ela é flor da doçura e tão singela
Que, nada pede e não lhe falta nada!
Por ser assim, tão pura e recatada,
Dentre todas as santas, é a mais bela!

Se sofre, ninguém sabe pois, em cada
Momento de tristeza, sempre dela
Aflora uma oração e então, ao vê-la
Recolhida em seu canto, delicada,

Conversando com Deus (assim presumo)
Ela irradia a paz, só conhecida
De quem, da vida, sabe o exato rumo!

Esta mulher, enfim, é tão querida
Que, no seu nome, sinto que resumo
A mais santa mulher que vi na vida!

Seu nome,
Só podia ser Maria!
Maria, paz infinita,
Maria, também DO CARMO!
Do Carmo, também CARMITA!


RIO, 15/05/88

sábado, 24 de junho de 2006

É LULA PRA PRESIDENTE!

Minha gente estou contente,

Estou contente de fato,

Vou contente, minha gente

A gente tem candidato.

Nada mudou na verdade,

É candidato de novo,

Pelo campo e na cidade,

É o candidato do povo.

Se quatro anos foi pouco,

Outros quatro eu quero ter.

De gritar, ficando rouco,

Louco pra gente vencer.

A pobreza brasileira,

Precisa desse operário,

Nossa nação verdadeira,

Não quer mais um salafrário.

Não queremos apagão

Nem tampouco esse tucano

A luz chegou no sertão,

Eu, de novo não me engano.

Meu filho na faculdade

Tá bonito como quê,

Transpira felicidade,

De novo, vamos vencer!

A roça tá controlada

Os juros posso pagar,

Tá linda minha boiada

Tudo está no seu lugar.

A comida tá barata

Emprego tá aumentando,

Meu bolso tem bem mais prata,

As coisas tá melhorando...

Pode contar com meu voto,

O meu e da minha filha,

Aliás, vê nessa foto,

Vota junta essa família.

Que é gente trabalhadora

Que trabalha com afinco,

Sabe que como a lavoura,

Esse país tá um brinco...

Bem sei das dificuldades

De governar a nação,

Conheço essas crueldades

Dessa tal oposição.

Tiveram por muito tempo,

Com as mãos nesse timão,

Criaram foi contratempo,

Pra impedir a evolução.

Chamaram ele de burro,

Cachaceiro e vagabundo,

Bem sei o quanto que é duro,

Saber que em todo esse mundo,

O nordestino valente

É respeitado demais.

Essa gente tá doente,

Tá perdendo até a paz,

Partiram pra estupidez

Xingando o pobre coitado

Ora só, vejam vocês.

Eles ‘tão descontrolado...

Num adianta chorar

Nem querer ameaçar

Vocês têm que aturar,

De novo vamos ganhar.

Pro bem do povo carente

Da nossa gente mais pobre,

A nossa gente contente

Que não cheira a ouro e a cobre...

Veja essa luz lá no fundo,

Não há mais bela que assente,

Vou contar pra todo mundo:

É LULA PRA PRESIDENTE!

Da peleja do diabo com o dono do céu...

Tenho visto e ouvido muita coisa do que resolveram chamar “gospel”.
Realmente, algumas músicas que recebem a alcunha de “hinos” têm alguns aspectos interessantes, porém a maior parte é intragável.
Alguns cantores de segunda e terceira classe, vendo que a carreira estava já totalmente acabada, reencontraram nesse vasto mercado uma tábua de salvação.
O interessante é vermos que, segundo alguns religiosos mais xiitas, tudo aquilo que não for “hino” não pertence a Deus e, portanto não deve ser ouvido. Uma música de altíssima qualidade, como uma Rosa de Hiroshima, bela homenagem à paz, deve ser colocada de lado, enquanto hinos fantasmagóricos são cantados com todo o fervor.
Um dos temas mais freqüentes dessas cançonetas é a eterna guerra do bem contra o mal.
Os cantores se colocam à disposição de Deus num imaginário duelo, composto de lanças e dardos contra os temíveis tridentes diabólicos.
Tal qual um cavaleiro andante quixotesco, os “heróis” se unem para vencer os “moinhos de vento” demoníacos.
As letras, de baixíssima qualidade tanto poética quanto de louvor, demonstram o caráter belicoso que é dado pela maior parte das Igrejas a religião.
As centenas de demônios que habitam as cabeças mais influenciáveis dessa turma, permite-me uma visão medieval da vida.
A luta interna que temos, a cada momento, nas escolhas da vida, entre as opções que poderemos seguir, passa a ser vista como uma terrível peleja entre o diabo e o dono do céu.
A visão cristã de pacificidade e perdão passa a dar lugar a uma visão judaica de luta entre um povo escravizado e suas lendas de heroísmo utópico e não comprovado, praticamente lendário.
O “heroísmo” judaico tão propalado e nunca comprovado historicamente, passa a ser visto pelos visionários dessa “nova era medieval” como verdade absoluta e inconteste.
Temos nas canções aberrantes e berrantes, muitas das vezes, histórias que remontam a idade das trevas.
Como se Jesus, ameaçado, preso e torturado até a morte pelos romanos e pelos judeus não tivesse pedido perdão por esses. Como se Ele tivesse conclamado algum exército sobre ou supranatural para defendê-Lo.
Ora bolas, tal deturpação do que seja cristianismo seria cômica, se não fosse trágica.
A criação destes dragões nas cabeças despreparadas e incultas, pode levar à formação de milhares de São Jorges radicais e tresloucados.
Pode-se imaginar até na possibilidade da conclamação a um exército de radicais cristãos, tão medonhamente assustador quanto o islâmico ou de qualquer outra religião.
A educação, somente esta, levada a sério, e com características de formação de personalidades mais livres e pensantes, é o antídoto natural contra qualquer tipo de desvio incoerente do pensamento e da filosofia.
A cantoria dos tempos do feudalismo, podem gerar distorções graves que devem ser evitadas e, acima de tudo, condenadas.
O risco existe e deve ser tratado com alguma seriedade, senão poderemos ter uma repetição dos desvarios islâmicos e japoneses. Os kamikazes cristãos não são somente figura de retórica. Atentai...

Do Deus Aspirina ou das Sanguessugas de Cristo

Uma das coisas que tem me chamado a atenção nos programas religiosos que abundam e invadem a maior parte dos canais abertos de televisão, além dos canais pertencentes a Igrejas, inclusive a católica, é a existência de “milagres”, constantes e diários.
Os ditos milagres ocorrem a todo momento , com extraordinária freqüência. Em alguns programas evangélicos e católicos a existência deles chega a cifras recordes.
E esses milagres são das mais variadas espécies. Temos para todos os gostos e preferências.
Há milagres relacionados à vida financeira, inclusive com casos de recuperação econômica ou ganho nas loterias que, de demoníacas, passam a ser operadoras sob os auspícios dos mais diferentes “santos”.
Há os milagres de ordem familiar, em que a “impactação” divina leva a alcoólatras pararem de beber, prostitutas deixarem de se prostituir, drogados pararem de se drogar; como se para que tais fatos ocorrerem, ser necessário somente o auxílio direto dos deuses.
Um sem par de demônios invade cada templo ou Igreja, sendo raros nos locais onde poderiam ser mais comuns, como nos prostíbulos, nos bares, nas casas de comércio, de câmbio ou até mesmo no Congresso Nacional.
Quem quiser ver um demônio de perto, é só freqüentar algumas de nossas igrejas que, por certo, lá encontrará demônios, capetas, “inimigos” em profusão.
Creio que algumas denominações colocam a palavra “Deus” na porta dos seus templos, para que o visitante tenha certeza de que aquela é uma casa de Deus, embora a quantidade de vezes que se fala em “diabos”, leve o incauto a pensar exatamente ao contrário.
Num dos programas mais conhecidos de televisão, repetidos diariamente em vários canais, além do canal pertencente à Igreja em questão, tenho constatado a presença do “Deus Aspirina”.
Pouco antes de pedir dinheiro, situação em que o pastor em questão é mestre, o dito cujo inicia uma sessão de “milagres” no mínimo estranha.
Após “ordenar” que os demônios das doenças abandonem “os corpos” dos doentes, em nome de Deus (embora pareça que Deus seja nada mais nada menos que um empregado ou serviçal de tal pastor), ele pergunta quem se “curou”.
Aí se inicia um tal de curas de dor no ombro, dor no braço, dor na coluna, dor de cabeça, dor... Ou seja, nada mais nada menos do que os “milagres” realizáveis pela Aspirina ou por outro analgésico qualquer.
Sinceramente, nos meus vinte anos de medicina, não presenciei nada que não possa ser explicável pela Ciência. Isso não quer dizer que não existam milagres, mas não os vi.
Obviamente alguns irão me dizer: “A culpa é sua, porque não tens fé bastante para vê-los”.
O problema é que se eu não obtiver o resultado esperado com um tratamento científico, não caberá tal desculpa.
A falta de fé é a justificativa para o fracasso. Bela e confortável desculpa...
Pois bem, após a sessão de milagres aspirínicos, tal pastor “passa a sacolinha”, cobrando muito mais caro pelas “curas” do que um médico recebe do SUS pelo mesmo serviço, isso incluindo o analgésico.
Tenho observado, com temor e indignação, muitos pacientes abandonarem o tratamento por causa desses “milagreiros” de meia tigela. Recordo-me de uma criança diabética, insulino dependente que um bem intencionado imbecil, semi-analfabeto, mas treinado por uma ala da Igreja Católica, na arte de “passar um ferrinho” e diagnosticar, tratando em nome de uma tal “medicina natural”, quase matou quando suspendeu a insulina e passou a mandar a menina tomar chá de “pata de vaca!”
Se não fosse a intervenção rápida e eficaz de um pediatra, a menina teria morrido, graças ao estímulo de setores da Igreja Católica a um tipo de “pais de santo” e raizeiros e benzedeiras tão maléficos quanto irresponsáveis.
Aliás, há uma cultura disseminada de que: Pai de santo cura, pastor cura, padre cura, e médico mata.
O pior é que esses facínoras travestidos de religiosos não têm responsabilidade legal pelos seus absurdos crimes, todos “bem intencionados”. O que me permite afirmar que de boas intenções, o inferno está cheio.
Aproveitando-se do baixo nível cultural do nosso povo, aliado à esperança tresloucada dos desesperados, milhares de entidades e estelionatários se enriquecem, enquanto a saúde pública vai ficando, cada vez mais pobre.
É necessária uma atitude firme e contínua contra esse tipo de charlatanismo que impera nos nossos meios de comunicação. As televisões são concessões públicas, e não podem ser utilizadas desta forma que, além de desinformar, ainda coloca a saúde do povo em risco.
Setores da imprensa colaboram para que isso ocorra, por omissão e medo, já que, dentre as principais redes de televisão e rádio nacionais, têm, na sua base de patrocínio e de “sublocação” da concessão pública, várias Igrejas e “pastores”.
Essa vergonhosa agressão ao povo mais humilde e sofrido, roubado duas vezes, tanto na negativa do poder público de repassar os impostos pagos em ações mais amplas de saúde, quanto na exploração criminosa, através das “dádivas”, “contribuições”, etc. que suplantam, em muito, os dízimos devidos a cada Igreja.
Tudo bem que isso ocorre em todas as camadas sociais, mas estelionatário que explora a pobreza e a miséria é um tipo de criminoso asqueroso e não terá perdão nenhum, nem aqui nem no Céu, pois esses exploradores do corpo sofrido de Jesus e vendilhões das casas de Deus fazem parte de um dos piores tipos de criminosos que pode haver, os sanguessugas de Cristo.

sexta-feira, 23 de junho de 2006

Calça de veludo ou bunda de fora

Carta aberta ao senador Arthur Virgílio

Vi com perplexidade o depoimento de V.Exa. na tribuna do Senado na noite de ontem. Mais uma vez utilizando-se de bravatas e agora numa atitude de chantagem explícita, o senhor desafia o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a derrubar o laudo da Polícia Federal que atesta a autenticidade da "lista de Furnas" num prazo de 24 horas, caso contrário "ele vai ver o que é bom prá tosse". Fica clara a tentativa do senador em tentar evitar a apuração das denúncias de caixa dois tucano nas eleições de 2002.
Desde o aparecimento das cópias da famosa lista, V,Exa. e vários outros tucanos de alta plumagem, tentam desqualificá-la, assim como tentaram fazer com a lista de Cláudio Mourão, que além de demonstrar o imenso caixa dois na campanha à reeleição do então governador Eduardo Azeredo, mostrou a utilização na mesma de recursos públicos oriundos de empresas estatais e o nascedouro do valerioduto. A tática foi a mesma utilizada agora: desqualificar o denunciante, falar em falsificação e, quando da comprovação da autenticidade da assinatura e de que não houve montagem, tentar se passarem por vítimas de perseguição da Polícia Federal.
O senhor senador que ameaçou até bater no presidente, me processar, dar prazo de 24 horas para o ministro dizer que a lista é falsa, não mostra a mesma valentia contra o autor da lista. Se, como diz V.Exa. a lista é falsa, a responsabilidade é somente dele, afinal o laudo comprova ser verdadeira a sua assinatura e também não haver montagem. Porque então não processa o Sr. Dimas Toledo? Estaria o senador com medo da verdade?
A bravata e a chantagem de V.Exa., na tentativa de intimidar e sufocar a apuração, pode acabar sendo um tiro no pé. Que Furnas, através de Dimas Toledo, sempre foi utilizada como fonte de arrecadação para as campanhas tucanas, todos aqui em Minas já sabiam, embora até então não fosse ainda comprovado. Era um verdadeiro segredo de polichinelo. Resta agora à PF tornar público o laudo e avançar nas investigações. O ministro é um homem honrado e a Polícia Federal tem atuado com total isenção e liberdade. Nunca se apurou tantos crimes como agora, coisa impossível de acontecer em governos tucanos, que se especializaram em varrer a sujeira para debaixo do tapete..
Por fim, é bom se lembrar que Nilton Monteiro falou que além do original da "lista de Furnas", já apresentado e periciado como verdadeiro, ele possui recibos assinados pelos beneficiados pelo esquema. E é bom não duvidar pois, foi através de suas denuncias, que se desbaratou o grande esquema de corrupção do então governador capixaba (também tucano) José Ignácio e se mostraram mentirosas as versões de Cláudio Mourão, Eduardo Azeredo e agora Dimas Toledo. A verdade virá à tona!
Rogério Correia Deputado estadual

Observa-se, como sempre, a tentativa desesperada de se evitar, a qualquer custo, o aprofundamento das investigações sobre a Lista de Furnas pois, comprovando-se a veracidade desta, temos um fato extremamente grave, similar ao que foi criado pelo deputado-escroque “Comendador” Bob Jefferson; coincidentemente partícipe dos dois “esquemas”.
O agravante desse escândalo ligado à estatal é o fato de, além de termos nomes de muito maior penetração que os chamados mensaleiros petistas, termos também o envolvimento de uma Estatal nesse caixa dois.
Demonstrando, portanto, a participação de dinheiro público em tal esquema.
A comprovação da veracidade da lista nos trás uma interessante observação a ser feita. Um dos argumentos usados contra a veracidade da mesma é de que inclui o nome do filho de Dimas Toledo nela.
Argumentava-se ser, essa inserção, uma evidência de falsificação, pois nenhum pai colocaria o nome do filho em tal listagem.
Portanto, confirmando-se a veracidade desta lista, temos o efeito contrário. Realmente, partindo do pressuposto de que Dimas Toledo não é louco nem quereria comprometer, aleatoriamente, seu filho, temos que a lista demonstra REALMENTE quem recebeu dinheiro de caixa dois.
INCLUSIVE O FILHO DO PRÓPRIO DIMAS.
Os recibos, aliados a esse fato e à confissão do “Comendador” Bob, nos dão a real dimensão da veracidade de tudo.
Agora o que mais irá se ouvir é o famoso: “Eu não sabia”, já iniciado por Eduardo Azeredo.
Isso não justifica nenhum erro, nem serve de consolo, apenas serve para que todos, inclusive os homens de bem do governo e da oposição, lutem veementemente para a reforma política.
Senão, nada disso terá servido para algo produtivo.
Quem nasceu primeiro não interessa, o fato é que temos em todos os partidos, inclusive no “santificado” PPS das propagandas eleitorais gratuitas, a maldição do caixa dois de campanha.
Ou calça de veludo ou bunda de fora.
Reforma política ampla e uma luta pela ética na política. Urgente e sem falsos moralismos.
Não cabe defender nossos erros, somente não podemos deixar que pareça à sociedade que somos os únicos errados.
A demonstração da trava no olho de outrem não justifica a nossa, mas precisamos colocar os pingos nos iis para que não sejamos crucificados pelos erros de todos.
Inclusive e principalmente pelos neo-virgens, pois nenhuma cirurgia plástica irá restituir a integridade de um ACM da vida, nem de um Arthur Virgílio.
O que temos é que exigir, enquanto democratas, um novo código ético e moral na política brasileira, sob pena de termos de que agüentar o “porco falando do toucinho”, degradando cada vez mais a poluída imagem que os políticos nos oferecem.