segunda-feira, 8 de março de 2010

25572

Nas lutas que travamos, eu reponho
As armas já perdidas no passado
E quando me percebo amargurado
Ainda sem sentidos, teimo e sonho.

O caso é o que o futuro é tão bisonho
E nele quando estou mais entranhado
Percebo que não resta nem bocado
Do todo aonde às vezes decomponho.

A porta se fechando diz do quanto
Apenas herdaremos desencanto
E toda esta ternura fora inútil

Assento-me deveras sobre o fardo
Assim o passo audaz mato ou retardo
Sabendo que o viver se tornou fútil...

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