segunda-feira, 8 de março de 2010

25583

Os lábios que me beijam, descorados
Satânicos orgasmos prometidos
E assim entre demônios as libidos
Traduzem os delírios mais ousados

E quando se percebem estes Fados
Os fardos que carrego sendo urdidos
Por mãos destes canalhas desvalidos
Em dias com certeza mais nublados,

E as tramas nas quais vejo o meu retrato
Estúpidas quimeras desacato
E forjo outra saída mais sutil,

O rosto que se vê num vão espelho
Sulfídrica figura em tom vermelho,
Bebendo o sangue expõe meu lado vil.

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