segunda-feira, 8 de março de 2010

25576

Na ponta de uma faca ou de navalha
Os dedos decepados da ilusão
Os dias com certeza não terão
A mesma face escusa da medalha,

E quando a fantasia em vão se espalha
Tomando e negrejando esta amplidão
Perdendo há tanto tempo a direção
O corte se apresenta e nunca falha.

Acordo entre os espinhos mais comuns
Seleciono e guardo mesmo alguns
Sabendo desta herança em podre face.

O peso não suporto e se me dobro
A força ainda teimo e assim desdobro
O mundo feito em dor, vazio impasse...

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