quinta-feira, 4 de março de 2010

25607

Consola-me saber que a morte vem
E dela bebo a pálida quimera
Aonde se pensara fim se gera
A vida mais tranqüila em novo bem.

O peso do passado segue além
Do que suporta uma alma, mesmo fera
E quando a solidão me desespera
Revejo este cenário. Sem ninguém.

Apodrecendo aos poucos nada tenho
E nem sequer faria mais empenho
Já que descubro ser a negação

E a sórdida manhã beija a carcaça
O tempo sem remédios segue e passa
Espelha as noites frias que virão.

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