quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Se vou vivendo assim mais apartado
De todos os sentidos mais ferozes.
A vida me permite tantas vozes,
Já que vivo de tudo tão cansado.

Amor que me ferindo com seu fogo
Derrama em lava todo meu futuro
E queima clareando traz escuro
Não ouve nem sequer meu triste rogo.

Nos mares e nos males que fez cais,
O vento revoltoso da saudade,
Atando essa algemas, na verdade,
Amor que não pretendo nunca mais.

Revolvo em busca, paz, todas as terras
Não vejo um só retrato que me acalma.
Mas cada gesto teu refrescando alma
Permite que eu esqueça dessas guerras...

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