quinta-feira, 4 de março de 2010

25613

Rebeldes caminheiros noite afora
À sombra do que tanto desejei
A podre sensação tomando a grei
E nela uma alma aflita se decora,

A fera que no espelho me devora
E beija este cadáver que entranhei
Mortalha em poesia deslindei
Vagando pela noite sem demora.

Escravizado sonho se moldando
De um tempo mais feliz, quiçá mais brando
Em criminosos passos assassinos

Expressa o suicídio inevitável
E o corpo em rapineiras palatável
Espera ao fim dobrar de vários sinos.

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