quinta-feira, 4 de março de 2010

25614

Astuta caçadora, uma esperança
Fugaz imagem trama após o nada,
E a carne pouco a pouco devorada
Traduz em sentimento esta vingança

Ao peso do que fui a alma balança
A cada novo dia a vergastada
Reacendendo a morte desejada
E nela a minha cruz, o tempo lança.

Obesas ilusões já não profiro,
E quando se prepara último tiro
A bala se entranhando no meu cerne

Acasos entre ocasos pretendidos
E os corpos de esperanças estendidos
É tudo o que me resta ou me concerne...

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