quinta-feira, 26 de outubro de 2006

As vozes que hoje solto

Não comes poesia em teu almoço
Nas jantas que tu fazes, nada serve.
Não presta pra parar esse alvoroço.
Nem cobre e dá calor quando cai neve...

Quando azeitona comes, sou caroço.
A vida não se torna grande ou breve...
Não torna moço em velho e velho em moço.
Não muda tonelada em coisa leve...

Os pagamentos sempre bem parcos,
Sorrisos, xingamentos pés e grama.
Não serve para mastro nem pra barcos.

Muitas vezes reclamas dos meus versos.
A morte na verdade é de quem clama
As vozes que hoje solto, no universo!

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