quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Bocas que beijei

Tantas velas velórios e varizes...
Minhas almas calejas com veneno...
Nos cisnes e cinzeiros infelizes
As plantas que planejas sangue pleno...

Crisântemos cismados, cruzes, crises...
Senos, hipotenusas e cosseno.
Perdas penetrantes são perdizes...
Amantes amaciantes sou ameno...

Vasilhas e mobílias já vazei.
Mastruz com fino leite misturei
Mas não me importará a procissão..

Remendos não resolvem meu fiasco.
No fundo não preciso de sermão.
A boca que me beija é do carrasco...

Nenhum comentário:

Postar um comentário