domingo, 29 de outubro de 2006

Nas catedrais fantásticas que levo,

Nas catedrais fantásticas que levo,
Os templos dos amores esquecidos...
Sofrimentos terríveis que relevo,
Os tempos dos pretéritos, olvidos...
Nas ogivas dos templos, meu enlevo,
Nas memórias saudosas, tempos idos.
Sempre que estou vazio, quase elevo
Meus olhos para os altos reunidos...

Neles, os meus amores se concentram
Na súcia das tristezas e das trevas.
Os medos, as vergonhas lá se adentram
Brandindo as multidões dos meus fantasmas...
Nas catedrais esfrias, gelas, nevas,
Congelas meus rancores, mil miasmas...

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