sábado, 2 de dezembro de 2006

Se choras porque não consegues ver o Sol, as tuas lágrimas impedir-te-ão de ver as estrelas. Tagore


Quando estás solitária e tão tristonha,
Envolta em tempestades violentas
As nuvens se aproximam, chegam lentas
Do belo dia em treva mais medonha!

Tuas lágrimas formam forte chuva,
Se evaporam e voltam nas tempestas.
Não deixam neste espaço sequer frestas,
Inundam o teu leito de viúva...

Tristes nuvens tomando todo o céu...
O sol, envergonhado, não desponta.
O mundo num dilúvio se dá conta
E manda a mansa noite como um véu...

Porém nem tanta estrela e plena lua
Não conseguem vencer o negro manto
Que cobre o teu olhar perdendo encanto.
A dor, em plena noite continua...

Um dia, o sol virá com claridade
Absoluta, vencendo o sofrimento.
O tempo vence tudo: esquecimento.
Não restará sequer uma saudade...

Aí, com força plena de seu brilho,
O sol invadirá o teu sorriso,
Trazendo p’ro teu mundo o mais preciso
E claro rumo, um sempre claro trilho.

Verás então estrelas, lua e sol,
Com toda a fantasia que merecem,
Os amores, as dores, sempre tecem
No fim da tempestade um bel farol.

Não deixes que essa dor, essa tristeza,
E o medo de sentir raio solar
Impeçam a tua alma de voar
Nos céus que nos envolvem em beleza.

Amiga, ser feliz é simplesmente
Deixar que o sol rebrilhe em tua vida
A sorte que julgavas já perdida,
Retorna num segundo, de repente!

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