quinta-feira, 27 de setembro de 2012

BERNARDA

 BERNARDA

Eu ando a mendigar pelas estradas
Buscando por amparo e nada vem...
Ninguém a me sorrir, noites geladas,
Anseio por carinhos, mas ninguém!

As rosas se morreram desfolhadas,
Os cálices de vinho, quero alguém!
As ondas se passaram naufragadas
Distantes dos meus sonhos. Perco o trem...

Não tenho mais saída, sou revés.
Rastejo pelo mundo, quebro os pés.
A morte, redentora, não se tarda!

Uma esperança frágil inda resta,
Quem sabe voltarei de novo à festa
Da vida, nas mãos santas de Bernarda!

MARCOS LOURES

Nenhum comentário:

Postar um comentário