segunda-feira, 24 de setembro de 2012

E POR FALAR EM AMOR...


E POR FALAR EM AMOR...

Trago bem dentro do peito
Toda a vida bem guardada
O encanto da namorada
No beijo mais satisfeito
Trago do medo o consolo
Das lembranças do passado
Esse canto enamorado
Das festas e desse bolo
Que nunca tive pensado
O quanto esse amor penado
Custa-me para esquecer
O trem da vida rasgando
Pelos campos devorando
Todo e qualquer sentimento
Que foi da vida o fermento
Que me trouxe até você
Num momento mais feliz
De tudo que pude saber
Nem de tudo a vida diz
Nem conta como segredo
No final se tive medo
Isso me ajudou a andar
Colhendo cedo o pomar
Onde tive mais lembrança
Dos meus tempos de criança
Do paladar dessa dança
Que na garganta ficou,
Saudades do meu amor
Que sempre modificou
O que da vida restou
Para quem sempre sonhou
Com a curva dessa estrada
Partindo, vindo do nada.
A procura d’outra escada
Para atingir esse espaço
Deitando só, no regaço.
Pra descansar meu cansaço
Deitando num doce abraço,
Bem junto dessa morena
Por quem a vida me acena
Trazendo no coração
Amor, misto de perdão.
Com essa alucinação
Que me tira a terra, o chão.
E me deixa assim sedento,
Voando pleno no vento
Buscando, com sentimento.
Todo o desenvolvimento
Do que mais fora paixão
Eu lhe amo, tanto lhe quero,
Mentir não pode nem tento
Tendo tudo que eu espero
Nesse claro, sem tormento,
Amor que carrega meu chão,
Não posso, arrependimento,
Nem devo saber onde vou
Por que caminhos rumou.
Por que mundos ele errou
Esse meu canto lamento
É filho do esquecimento
É procura por seus braços
Pelo canto dos regaços
Onde possam meus encantos,
Abraçando os outros tantos
Que me levam a você
Onde possa me perder
No mar de sua saudade
Buscando essa claridade
Que é rumo da eternidade
Que é ninho onde vou viver
Onde aninho o bem querer.
Por tanto que já sofri
Pelo tanto que passei
Por demais que já penei
Peço-lhe, deixa eu pedir.
Seja minha companheira
Vou lhe dar a vida inteira
Mesmo que viva tão pouco
Mesmo que esse grito rouco
Você não possa entender.
Seja muito paciente
Pois esse peito sofrido
Por muito que já perdido
Agora quer se encontrar
No seu colo, de menina.
Que se logo me alucina
Pode mudar minha sina
Pode me fazer feliz
Então minha camarada
Por você, apaixonada.
Resto da vida que resta
Por favor, não feche a fresta.
Deixa aberta essa janela
Meu amor passa por ela
Para poder encontrar
No seu leito, delicado.
O meu muito mais amado
O meu mundo renascendo,
Por onde for, vou vivendo.
A procura de você
Que me fez melhor saber
Onde esconder minha sorte
Onde não querer a morte
E não só sobreviver.
Portanto tenha clemência
Senão me leva à demência
Eu já tenho experiência..
To cansado da vivência
De sofrer por tanto amar.
Essa matéria de amor
Já sei na palma da mão
Por favor, vem sem maldade.
Que essa tal dessa saudade
Fere sem necessidade
Esse pobre coração...

MARCOS LOURES

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