sábado, 29 de setembro de 2012

CREUZA

CREUZA

Amor marmorizado na lembrança,
Em todo seu primor, se destruiu...
No pedestal erguido pela esperança
O meu peito artesão; o amor buril...

Teu corpo contornado de pujança,
Alumbrando meu sonho mais viril.
Eterno reviver desta aliança,
Do amor mais vigoroso e dor sutil...

No páramo tristonho, solitário,
As mãos tão delicadas, maltratei...
Desejo se tornou totalitário,

Ferindo ferozmente a minha deusa...
Assim quem, tolamente, achou-se rei,
Em prantos vem pedir: te espero, Creuza!

MARCOS LOURES

Nenhum comentário:

Postar um comentário