sábado, 25 de novembro de 2006

Destino tão cruel são duros os meus fados!
Os sonhos de mudança em teus braços levaste.
O tempo se passou e nunca regressaste.
Agonizo sem ter o bem dos teus cuidados...

Os males que deixaste, em mim são redobrados.
Ó Deus, não acredito, o quanto tu mudaste!
Um vaso que se quebra, a luz que carregaste.
Os dias sem teu canto, em vão, desesperados!

O sal da minha vida, o pranto que vivi;
A sorte que não veio... O que restou, aqui
Um homem retraído, o manto da saudade.

Dobra-se um triste sino em homenagem tétrica
O verso que te faço, embalde, perde métrica
Na trilha do destino, eu vou, sem claridade!

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