sábado, 25 de novembro de 2006

Odila

Cansado de cantar minhas tristes mazelas,
Preparo uma canção que seja cristalina,
Dedicada à mulher. Num olhar me fascina,
Desejoso e voraz, com o brilho das velas

Acesas qual a brasa. A vida, em torno delas,
Apresenta-se sempre imersa em paz divina
E tão profundamente amável que domina.
Um olhar feminino emoldurando telas...

A mulher em desejo, um cio bravo, indócil,
Transforma a solidão num simples, mero, fóssil.
É flor que, delicada, amargura destila,

É languidez audaz, caçadora voraz.
Sua voracidade um agridoce traz.
Sou vítima fatal de t’as garras, Odila!

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