sábado, 25 de novembro de 2006

Paloma

: Pomba


O céu em claridade absurdamente bela,
Aos rasgos desta lua encontra sua amada.
Pressente que depois da longa e calma estrada,
Não há sequer um porto, e a lua se revela.

Esse astro enciumado, o céu amado dela,
Esconde-se na treva, a face descorada;
Quem nunca vira a lua assim apaixonada,
Espanta-se com isso: a noite perde a tela...

Irada, a branca lua, abrasa-se ligeira,
De súbito, essa noite, acende uma fogueira.
A luz, incrível lua, ao universo soma

Um rastro qual solar em plena madrugada.
Estrelas vão correndo, em total debandada,
A causa do ciúme: os olhos de Paloma!

Nenhum comentário:

Postar um comentário