quinta-feira, 20 de março de 2008

EU TE AMO! COROA DE SONETOS 142

1975

Promessas desta vida que eu bem quis

Benquistas emoções colecionando

O tempo vai aos poucos se bordando

Em cores divinais, raro matiz.

O quanto na verdade eu sou feliz

Permite novo sonho deslumbrando

O verso em alegrias se forrando

Invade o coração de um aprendiz

Já não carrego cortes nem feridas

Apenas o teu corpo tatuado

Unindo o que já foram duas vidas

Agora num só ser emoldurado

O sonho de viver eternamente

Tornando uma alegria mais urgente...

1976

Tornando uma alegria mais urgente

Melífero caminho desbravado,

Do amor que aos poucos segue conquistado

Mudando nossa história totalmente.

Ao ter tanto carinho que me alente

Eu sigo sem temores ao teu lado,

Promessa de um momento extasiado

Distante da tristeza que atormente.

Navego por teus mares, timoneiro

Que sabe deste amor e quer inteiro

Momento de emoção, puro e sincero.

Sentindo o teu perfume junto a mim,

Descubro farto amor que sei sem fim

Moldando em glória o rumo que eu mais quero...

1977

Moldando em glória o rumo que eu mais quero

Estendes os teus braços. Num mergulho

Esqueço do passado um ledo orgulho

Descubro a sensação que tanto espero

Sorvendo em tua pele, o bom tempero

Deixando para trás o pedregulho,

A solidão não passa de um entulho,

Cuidando deste amor com tanto esmero...

Estendo as minhas mãos buscando as tuas

Enquanto nesse sonho tu flutuas

Levito de prazer, e quero mais.

Estrelas coletadas no caminho,

Cevadas com palavras de carinho

Iluminando assim nossos bornais...

1978

Iluminando assim nossos bornais,

Pirilampos colhidos da esperança

Ao tempo prometido de mudança

Os dias talvez sejam magistrais.

Aonde com certeza derramais

Desejos de calor e de aliança

A gente com vontade sempre alcança

O porto mesmo em loucos vendavais.

Abarcas meus desejos e prazeres

Na redenção das dores sei que queres

Seguir essa viagem do meu lado.

Bornal em alegria iluminado

Estende a fantasia mais perfeita

Enquanto nosso amor, farto, deleita...

1979

Enquanto nosso amor, farto, deleita,

Viajo pelas ternas sensações

Temática insensata das paixões

Estática minha alma nesta espreita

Minha alma de tua alma segue aceita

Mostrando destes ventos, direções

Enfrento com firmeza os furacões

E a lua enamorada em raios deita.

Aguando esta alegria sempre alcanço

O bem que mais queria num remanso

Guardando as fantasias no meu peito.

Amor que se completa e se irradia

Tornando abençoado cada dia,

Decerto em harmonia, amor perfeito...

1980

Decerto em harmonia, amor perfeito

Não deixa que se pense em outro rumo.

Vivendo o nosso amor eu sempre assumo

Delícia que se mostra a cada pleito.

Colhendo cada fruto, satisfeito

Ganhando no caminho meta e prumo.

Saudade se esvaindo em frágil fumo

Afasta-se pra sempre do meu peito.

Eu tenho esta certeza dentro em mim

Da flor que perfumando o meu jardim

Expressa a qualidade do cultivo.

Meu verso se tomando de emoção

Cuidando com carinho, a plantação

Deixando o jardineiro assim, cativo...

1981

Deixando o jardineiro assim, cativo,

Enquanto permaneço do teu lado,

Ao mesmo tempo em ti eu sobrevivo,

Esqueço que algum dia houve passado.

De uma alegria farta não me privo,

Sabendo a qualidade desse arado,

Não vejo outro caminho, adentro o prado

Aonde de emoção e paz me crivo.

Arguta caminhada pelas ternas

Paisagens deste corpo deslumbrante

As noites de prazer fossem eternas

A vida mostraria a qualidade

De quem imaginando a cada instante

Demonstra em perfeição, felicidade...

1982

Demonstra em perfeição, felicidade,

O verso que se mostra mais capaz

Mostrando a fantasia tão voraz

Que sempre se permite em liberdade.

Não quero conceber a falsidade

Que um dia, em ventania sem ter paz

Lembrança como algoz, decerto traz

Tramando a mais temível tempestade.

Eu quero ser somente o companheiro

Que segue passo a passo, o tempo inteiro

A estrela que me guia pela vida.

Um dia talvez saiba quanto eu quero

Amor que se demonstre mais sincero

Trazendo sem temores, a saída...

1983

Trazendo sem temores, a saída,

A porta de meu peito escancarada,

Depois de ter sentido uma enxurrada

Tomando em temporais a nossa vida

Não quero mais a sorte distraída

Nem mesmo a sensação de derrocada,

Na mão por esperança calejada

O corte representa uma ferida

Que há tempos eu cultivo dentro em mim.

Amor que se mostrando ser sem fim

Permite um respirar bem mais tranqüilo.

Nos braços de quem amo; fortaleza

Deitando a nossa sorte sem surpresa

Aonde em tempestade eu já me asilo...

1984

Aonde em tempestade eu já me asilo,

Percebo a plena glória do viver,

Tocado pela força do querer,

A vida se mantendo em nobre estilo.

No corpo da mulher faço o meu silo,

Nas matas ciliares do prazer

Inundação gostosa de se ter

Deixando o caminhar bem mais tranqüilo.

Amor em tatuagem demarcada

Já sente esta manhã prenunciada

Em raios tão sublimes e felizes.

Legando ao meu passado o sofrimento,

Agora do teu lado novo intento

Calando para sempre os meus deslizes.

1985

Calando para sempre os meus deslizes

Jamais esquecerei o que vivemos

Por mais que noutras sanhas nos perdemos

Amor já superando velhas crises.

As dores se despedem, más atrizes

Do gozo mais profano que bebemos

Decerto navegar exige remos

Vontades que decerto queres, bises.

Melancolia é coisa do passado,

Jamais imaginei o que me trazes,

A vida se permite em várias fases

Porém ao ter alguém sempre ao meu lado

Não vejo mais problemas nem terrores,

Entregue à mansidão nego pudores...

1986

Entregue à mansidão nego pudores,

Tampouco quero freios e correntes,

Nem mesmo sentimentos penitentes

Apenas no jardim, perfume e flores.

Deixando para trás os dissabores

Amar enfrenta em paz velhas torrentes

E tudo o que se quer decerto sentes

Colhendo em farto solo estes alvores.

A marca de teus lábios junto aos meus

Impedem que se pense num adeus,

Iremos para sempre, passo a passo.

Amor vai demarcando nossa sanha,

A vida do teu lado sempre ganha

Tomando com carinho cada espaço...

1987

Tomando com carinho cada espaço,

Eu sei que vou te amar a vida inteira

Não quero outra palavra lisonjeira

Nem mesmo noutro corpo o meu abraço.

O quanto te desejo e sempre faço

Canção a mais perfeita e verdadeira

Além da melodia costumeira

Seguindo teu caminho, rastro e traço.

Eu tenho aqui comigo uma certeza

Da vida que seguindo sem surpresa

Trará farta harmonia em cada verso.

Não quero mais andar cego e disperso

Pretendo ser só teu e nada além.

Amor nos dominando, cedo vem...

1988

Amor nos dominando, cedo vem

E traz em perfeição a glória plena

Enquanto esta emoção já nos acena

A vida necessita deste bem.

Não quero ser somente de um alguém

Amor já vem roubando toda a cena

O quanto de alegria se contém

Nas mãos desta mulher, calma e serena.

Eu vejo renascer a poesia

Que há tanto tempo em vão já desdizia

Um sonho que eu tivera: ser feliz.

Agora coletando a cada dia,

Teu corpo com delícias irradia

Promessas desta vida que eu bem quis

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