quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Nas entranhas da Terra

Nas entranhas da Terra eviscerada
Estranhas criaturas emergindo...
O gosto da manhã despedaçada
Seu sangue e suas linfas aspergindo...
Astutas esperanças dão em nada,
Amor que não constrói morre fingindo...
Sou matéria, inexisto, polvilhada...
Do centro desta esfera irei fugindo.

Pirâmides, elipses, cubos, retas...
Nas formas e desejos mais brilhantes.
Nas vísceras expostas dos poetas,
Nesta hiperestesia que é patética...
Fâneros e fornalhas latejantes,
Nas veias que exporei, resta a poética...

Nenhum comentário:

Postar um comentário