segunda-feira, 24 de abril de 2006

AMAR A VIDA

A história da humanidade está plena de lutas dos oprimidos, das vítimas mais frágeis das injustiças dos homens, isso sempre foi e sempre será.Todas as grandes civililzações e potências da humanidade experimentam, experimentaram e experimentarão desse veneno; cruel veneno, inerente ao ser humano.Nova Orleans, mostrou a cara dos EEUU, ocultada pela propaganda de "bem estar" veiculada pelo governo; essa face verídica e crua, nunca me sairá da cabeça.A miséria européia do leste, principalmente, com suas meninas prostituindo-se e as marcas do totalitarismo imbecil, tanto o de esquerda quanto o de direita, demonstrado nas meninas e mulheres afegãs.Esta luta dos oprimidos, dos negros, índios, sem teto, sem terra, sem expectativas, sem amanhã, embriagados pelo álcool, ilusão absurda que nega o espelho cruel, deturpa a realidade crua, atroz, deve ser respeitada.Quando vemos as tentativas absurdas das elites em calar a voz dos excluídos, no grito diário pelas ruas e campos, mendigos e prostitutas, desempregados e exilados dentro do próprio país, isso nos dá a real dimensão da falta de dignidade dessas.Minha indignação contra os métodos de "sangria e desestabilização" utilizados por essa gente chega ao extremo.O nosso encontro com a dignidade desse povo está sendo lindo de viver, mas temos que estar atentos para que a hora desse encontro nunca seja a hora da despedida.E essa luta tem que vir das nossas entranhas, visceral, como foi a luta de tantos que o mundo teve, de Cristo a Gandhi, a Luther King, ao próprio Lincoln Nas mãos a carícia e a guerra, nos pés a dança e a batalha, na mente o futuro e a primavera dos nossos corações possa ser o verão radioso do nosso povo,Meus amores estão hiperestesiados agora, nesse momento orgásmico da humanidade, com o mundo aprendendo a amar os desvalidos, com o homem aprendendo a amar o homem.Não podemos deixar que eles nos destruam, pelo amor que pudermos ter aos que virão, frutos desse dia, belo dia, dia branco, de luz que se adivinha.Perdoem a minha alegria, a minha esperança, a minha fantasia e o meu sorriso imbecil estampado na cara; que meus mortos me perdoem, mas ando de banda, ando de viés, carregando eles no peito, assim como o poeta.Perdoem meu desabafo de quem sente o bafo da esperança trazido pelo vendaval das mudanças.Perdoem minha dança, pois até onde a mente alcança, ela é a minha vingança contra aqueles que me tentaram impedir o canto e a orgística festa dos desvalidos.Sinto que não foram inválidos meus dias, obrigada por tudo, me inundo de poesia e conclamo a todos, haja o que houver nunca mais nos calarão, não será preciso a calada da noite, nem o açoite, somente o resgate da maravilhosa canção que dizia maravida, amar a vida maravilhosa vida.

MARCOS LOURES

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