sexta-feira, 30 de junho de 2006

Quem sabe faz a hora, e já!

O crescimento de Alckmin nas pesquisas era esperado. Durante o mês passado todo, Geraldo esteve na mídia, se apresentando como o “bom moço”, castelo de pés de barro facilmente destrutível, a partir da quantidade impar de CPIs arquivadas durante o seu período longo à frente do governo paulista.
Inegavelmente, a tentativa de demonstrar ao povo brasileiro, afetado pela mídia tendenciosa, que o insosso Picolé é uma alternativa “moral” a Lula, surtiu algum efeito.
Isso tudo foi muito bom para que os simpatizantes de Lula não se acomodem, evitando o clima de “já ganhou”, altamente prejudicial a qualquer um. Temos exemplos vários de candidaturas praticamente vitoriosas, serem esmagadas no final da campanha.
O próprio Fernando Henrique Cardoso perdeu uma eleição para Jânio Quadros nos últimos dias da campanha.
Da mesma forma que a candidatura de Lula foi atacada por fogo cerrado, não se pode desprezar a candidatura tucana e deve-se partir para o ataque.
Os telhados de vidro do candidato Alckmin são múltiplos e devem ser alvejados. Chumbo cruzado não dói e “pau que dá em Lula dá em Geraldo”.
Um ponto que deve ser visto por todos é a quem interessa a vitória de Alckmin.
Com certeza, para as camadas mais pobres da população é que não.
A associação de Alckmin ao governo Fernando Henrique é óbvia e deve ser demonstrada a cada momento. Afirmativas como as que Alckmin deu com relação à ALCA, também.
Os famosos escândalos da administração paulista devem ser todos bem explorados. A origem tucana do valérioduto, a lista de Furnas, o escândalo da Nossa Caixa, entre outros.
O PT está ainda muito quieto e muito omisso com relação a isso. Nossa militância é muito maior e mais aguerrida, mas está calada. Tomamos porrada o tempo inteiro sem reação.
Lula continua muito isolado, sem apoio real de seus aliados.
A quem interessa a derrota de Lula? A questão deve ser analisada e exposta, mesmo com a mídia adversa, temos que lutar.
Obviamente tivemos e temos ainda muitos problemas de ordem interna. Nossos erros e nossa auto flagelação chegou a extremos nunca vistos antes.
O PT ainda não se recuperou totalmente de todas as lambanças feitas por meia dúzia de três ou quatro imbecis.
Devemos reagir e com força. A nossa marca sempre foi à luta, a bandeira, a garra. Entretanto, estamos acoitados e medrosos.
Cadê as bandeiras e os botons, cadê nossa militância, nosso orgulho, nossa fibra?
Estamos ainda muito parados, esperando a banda passar, contando somente com a força de Lula que, a bem da verdade, se dependesse de nós estaria perdido.
Não temos que discutir com a corja tucana e pefelista sempre na defensiva. A hora é de atacar, de atingir os pontos fracos dessa turma. É importante para que possamos ficar mais forte, estamparmos nossa verdadeira face. Somos petistas, comunistas, socialistas e lulistas.
Com muita honra, somos sim e não apesar de...
Se analisarmos francamente, qual foi a nossa atitude quando Lula foi atingido em sua honra e moral? Onde estávamos quando um pilantra como esses pefelistas chamaram nosso presidente de ladrão, de bêbado, de pilantra? Onde estávamos quando o safado do ACM conclamou um golpe militar?
Ficamos quietos, deixando um Arthur Virgílio vociferar à vontade, sob o silêncio, passivo, quase conivente dos nossos parlamentares.
Nossa turma no Parlamento é fraca, muito fraca...
Estamos perdendo de goleada dos cães ladradores da oposição. E a cada pancada mal respondida ou permitida, eles crescem sim senhor.
Se chamam Lula de bêbado e não reagimos, estamos admitindo. Se chamam Lula de ladrão e não reagimos, somos coniventes.
É hora de atacar. Um time que fica na defensiva o tempo todo perde o jogo. Estamos deixando escorrer uma vitória tranqüila por entre nossos dedos, ao não reagirmos com veemência a uma turba de salafrários como os que citei.
É demonstrar a incompetência de um José Jorge sim senhor. É mostrar o caos administrativo de São Paulo sim senhor.
Não é poupar nada e ninguém. Enquanto ficamos justificando somente os erros do passado e não apontarmos os erros e canalhices do outro lado, vamos ficar, apesar de íntegros na nossa grande maioria, com a pecha de pilantras e petralhas.
É preciso um pouquinho de Stédile nas nossas veias, e muita garra para a luta.
Ficamos omissos, hoje o PSTU faz mais barulho que todos nós juntos.
O PT que conheci se aburguesou, e muito. Estamos mais para gentleman do que para guerreiros. Um dos raros momentos de garra que vi, foi quando Mercadante reagiu com indignação contra um verme inonimado numa dos vários ataques que sofremos no Senado Federal.
Um safado mato-grossense defendeu-se numa CPI de uma maneira exemplar, enquanto éramos atacados e nossos representantes ficaram omissos.
Cadê o PT, me respondam que eu não estou vendo. É preciso que Lula se defenda sozinho das pilantragens da Veja?
Tá na hora de arregaçarmos as mangas. Pau com pau pedra com pedra.
Senão vamos ficar a ver navios.
E, os grupos financeiros internacionais, a elite econômica, os grupos entreguistas do patrimônio público, os abutres eternos e as sanguessugas do nosso povo sofrido; ou seja, a quem interessa a vitória de Alckmin, correm o risco de ganharem as eleições e deixarem cada vez mais nosso povo a mingua.
Ergam os olhos e levantem a cabeça, estufem o peito e demonstrem, mais uma vez, o orgulho de sermos petistas.
Lula e os seus milhões de famintos e injustiçados agradecem!
A hora é agora e não podemos esperar acontecer!

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