terça-feira, 27 de junho de 2006

Hijas de la luna

Puro sabor de mulher,
Delícia de paladar,
Melindroso delírio
Num raio desse luar
Que brilha por que quer,
Transforma dor em lírio.

Se quero ter teu sim,
Nunca me negues o não
Meu principal defeito
Não te concebo verão
Não quero teu carmim
Não teria esse direito...

Meu karma é não te ter
Nem preciso imaginar,
Beija flor sem paradeiro
Me é Bastante te encontrar,
Imaginado, por inteiro,
O que não pude viver.

Necessito toda a vida
Procurando traduzir
Esse meu sonho impossível.
Que nada vai permitir,
Fazendo crível d’ incrível,
Início na despedida.

Te quis por todos os séculos
Desse eterno nunca ser
Seguindo o rastro da lua,
Onde pretendo caber
Te vendo assim, toda nua,
Lançar aos céus meus tentáculos...

Num dia, poder tocar,
E penetrar teus segredos,
Fecundando essas entranhas,
No sonho te engravidar,
Perdendo todos os medos,
Beijando tuas montanhas.

Invadir teus vales, trilhas...
Tomando-te por amante,
Nesse sonho e fantasia,
Penetrando, delirante,
A toda hora e todo dia,
Concebendo nossas filhas...

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