sexta-feira, 26 de maio de 2006

SOBRE 2010.

Partidários tradicionais do tucano Geraldo Alckmin (PSDB) ruminam, em reserva, a suspeita de que José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) estejam conspirando contra o êxito da candidatura presidencial do PSDB. Acham que, de olho em 2010, os dois estão privilegiando seus projetos pessoais em detrimento do interesse partidário.

O blog ouviu dois tucanos conhecidos por desfrutar da intimidade do presidenciável Alckmin. Um deles é deputado federal. O outro é deputado estadual. Ambos desconfiam da sinceridade do apoio de Serra e Aécio. Suspeitam que o ex-prefeito paulistano e o governador mineiro não deglutiram o fato de Alckmin ter prevalecido sobre eles na disputa pela vaga de candidato tucano à presidência.

Na avaliação dos aliados de Alckmin, Serra e Aécio apostam na reeleição de Lula. O discurso pró-Alckmin, que ostentam em público, seria mera fachada. Nos bastidores, os dois estariam bombardeando o companheiro de partido. Um dos deputados ouvidos pelo repórter chegou mesmo a insinuar que Aécio cultivaria uma política de boa vizinhança com Lula e com o PT.



Esse comentário postado no Blog do Josias é como a descoberta da pólvora.
Todos dentro e fora do PSDB sabem que a associação catastrófica de uma candidatura insossa como a de Alckmin, com o carisma e o excelente governo de Lula, em quase todos os parâmetros bem melhor do que os antecessores traz um caráter de adiamento dos sonhos de poder de qualquer um, repito, qualquer um que tente derruba-lo.
Tanto Serra quanto Aécio são “raposas” velhas e perceberam a canoa furada onde iam entrar, deixando o caminho livre para o inexpressivo Alckmin selar seu destino, obviamente com uma derrota acachapante.
Serra e Aécio têm projetos pessoais paralelos podendo, inclusive se candidatarem por partidos diferentes em 2010 e creio que isso ocorrerá.
Bastando, para isso que Newton Cardoso perca o poderio sobre o PMDB mineiro o que, em minha opinião ocorrerá.
Do lado do Governo, a candidatura que mais se solidifica é a de Ciro Gomes, que poderá vir de vice de Lula, mas, a princípio talvez como Ministro possa ter mais liberdade de ação.
Heloísa Helena pode ter cometido um erro histórico com relação ao seu partido “particular”, e que ninguém tenha dúvida de que o PSOL é Heloisa Helena, assim como o PRONA é o Enéas.
A retirada da alagoana de seu melhor cabo eleitoral, o plenário, com a sua perda de mandato por, pelo menos 4 anos, trará muitas dificuldades para que possa fazer do PSOL algo diferente do PRONA.
PPS e PDT continuarão talvez, com perdas importantes como partidos nanicos e inexpressivos.
Já o PFL terá um emagrecimento acentuado, com o envelhecimento dos velhos coronéis e a crescente independência dos seus “afilhados” com relação aos “padrinhos”.
O PMDB poderá se tornar um partido de maior poderio ainda, principalmente com a “aquisição” de Aécio Neves.
O PSDB passará por uma pesada reformulação, talvez, retornando às suas origens menos conservadoras e mais à esquerda, isso é, se quiser continuar a tentar voltar ao poder.
Alckmin poderá ou ser vereador ou, quem sabe, retornar a prefeitura de sua cidade natal ou, num “prêmio” pelo “sacrifício” um cargo num possível mandato de Serra; mas que, Pelo amor de Deus, não seja o de Secretário da Segurança Pública!

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