quarta-feira, 31 de maio de 2006

PARA ONDE IRÁ FHC?



Pára com isso, Serra!
Do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em conversa recente com um amigo do peito:

- O Serra tem de parar de falar mal de mim. Eu botei o Alckmin para perder essa eleição e o Serra foi preservado para ser candidato em 2010.





Essa conversa apresenta a seguinte conotação: com a aproximação das eleições e a clara reeleição de Lula à vista, setores do PSDB, capitaneados por José Serra e Aécio Neves, se afastam mais e mais daqueles que poderiam, de uma forma ou de outra, prejudicar a possibilidade de herdarem, com a impossibilidade de um terceiro mandato consecutivo, o apoio de Lula ou, pelo menos, uma oposição mais suave deste.
Devemos nos lembrar que Fernando Henrique Cardoso, certo da derrocada de Lula no ano passado, começou a agredi-lo de forma pessoal e antiética, o que gerou descontentamento e mágoa no Presidente, sentimentos que o mesmo não alimenta nem para com Serra e muito menos para com Aécio.
O que quer dizer isso?
Lula caminha célere para ser o grande vencedor dessa eleição, independentemente do PT ou de qualquer aliança. Sua busca, agora é para a governabilidade no segundo mandato.
E, tanto Serra quanto Aécio vislumbram essa possibilidade como um fator real de poder ter, senão o apoio, mas uma posição mais simpática de Lula com relação a uma candidatura deles.
Os entraves naturais a essa situação estão sendo retirados pouco a pouco. O primeiro deles, obviamente é o PFL e nisso, o próprio PFL tem colaborado para que ocorra.
Os comentários suicidas de César Maia, entre outros, têm demonstrado isso.
Outro fator importante é o afastamento de setores tucanos que confundiram adversários com inimigos, e FHC, atingido pela mosca azul e pelo sentimento de vingança contra o “analfabeto que superou o professor”, no seu sentimento mesquinho de uma inveja atroz, detectada várias vezes em declarações anteriores, esbaldou-se de tanto melado e falou demais.
A prudência de Serra e de Aécio, demonstram o quanto estes estão mais maduros e, percebendo desde o início que Lula era bem mais forte do que se apregoava, ficaram a maior parte da crise calados ou, no máximo, deram suaves alfinetadas.
Este episódio abre a sepultura política de FHC, vítima de sua soberba e de sua inveja, abandonado por tudo e por todos e definitivamente legado ao esgoto da história.
Quem sabe, para seu consolo, possa ser chamado a se filiar no PTB de Bob Jéferson ou no PPS de Bob Freire, pois, acredito que nem o PFL de Toninho Malvadeza vai aceitar esse espólio!

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