domingo, 24 de setembro de 2006

Bafio

O bafio da fera decomposta...
Na boca desse lixo escancarada,
A minha sorte morta esfacelada...
A mesa do banquete já foi posta...

Meu mundo destruído mostra, exposta,
A face mais cruel: sou simples nada!
Num momento fugaz, final de estrada,
A vida, sem sentido, a dor arrosta!

Destruído, sem rumo, espero a morte...
Se tiver, talvez, quem sabe, mais sorte,
Essa demora não será tardia!

A angústia tão voraz, já se demora...
Deitar eternamente, noite fria...
Me canso de esperar: quem sabe agora?

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