sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Negaste a Primavera...

Quando, enfim, me negaste a primavera,
A vida me sorria desdentada!
Não temia naufrágios, nem quimera,
Os meus dias sonhavam madrugada...

Mas vieste e roubaste, cruel fera,
As cores que pintavam deram nada.
As flores que teimavam, numa espera,
Morreram ao sentir tal invernada...

Nossa vida foi barco sem sentido,
Nossos olhos chorando na partida...
Nem posso lamentar tempo perdido.

Nem quero descobrir a nova vida...
Amor que se partiu, foi dividido.
Nada restou, senão a despedida!

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