quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Eu temo teus segredos, pois são meus...

Eu temo teus segredos, pois são meus...
Cada vez que fugia proutros braços,
Eu sempre me encontrava em teus abraços.
Comparsas, tantas vezes, meros breus!

Em todos os pecados, bem ateus,
Vivíamos correndo os olhos baços,
Cruzando esses limites sem cansaços,
E sem temer, ao menos, sequer Deus...


Não podes confessar, pois, a ninguém,
O que tanto tramamos, nossa história...
Fingimos comportar querermos bem.

Mas, em verdade, fomos essa escória.
Fazíamos da noite, uma refém.
Por isso, por favor, cegue a memória...

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