quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Quando a minha montanha de desejos

Quando a minha montanha de desejos,
Num momento infeliz, desmoronou;
Nada, a não ser entulho, me sobrou.
Como fora gentil saber teus beijos!

Mas dessa sinfonia, poucos arpejos,
Nem isso mais resta, tudo acabou!
Depois que tudo acaba, quem sou?
Procuro, perguntando aos realejos...

Morenos, os teus olhos, vão sem rastro;
Pergunto por teu colo d’alabastro,
A resposta, nem vento, sabe dar...

Quem dera Deus, pudesse te encontrar,
Mas nem o pó d’estrada, nem o ar,
Meu mundo vai perdido, sem seu astro...

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