domingo, 27 de agosto de 2006

O meu tempero é tua boca amarga

O meu tempero é tua boca amarga;
Meus dentes, tentativas de mordida.
Não quero mais sangrar a despedida,
Nem quero sentir tudo qu’alma embarga...

Minha carta, postada, tudo alarga;
Só meu desejo, nunca mais traz vida,
Minha vida, fecunda e bem curtida;
Não suporta, nos ombros, essa carga...

Disseste-me verdades incompletas,
Navegante perdido, tão sem metas.
Meu rumo, sem ter prumo nem ter rima.

Faz de tudo, machuca a auto-estima,
Finges doçura, falsa não és lima.
Estradas curvas, mesmo nessas retas...

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