segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Tua beleza, caminhando livre

Tua beleza, caminhando livre
Na sala, flutuando a cada passo;
Qual fosse garça, graças no cansaço;
Que, por ser sonhador, eu tanto tive...

As minhas noites, tudo, enfim, revive,
Na delícia sutil; sem embaraço,
Vou seguindo-te manso, traço a traço;
Desenhas, mal percebes, um declive.

O murmúrio da brisa, da sacada
Pressinto teu suave, éter, respiro.
No momento seguinte, me retiro;

Procuro então, sentir-te, em vão, deliro.
O teu andar sereno, esvai-se em nada;
És fátua, visão na madrugada...

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