sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

SONETOS 030

Aurora em tal beleza desfraldada
Em ondas cristalinas, tantos brilhos,
Nos raios deste sol vai estampada
O rumo dos meus sonhos, tantos trilhos...

As plantas, os rochedos, a montanha.
Recebem tal clarão que tanto encanta.
As formas tão suaves, vento assanha
As folhas destas matas. Manso canta.

Ao fundo deste quadro tão sensível,
Os olhos da morena que sonhara.
Aurora se pintando, mais incrível,
Deslumbra a natureza, tela rara...

Em meio a tanta luz, se sobressai
Tua beleza, amada, em sonho, esvai...

X

O teu nome se espalha no universo,
As estrelas te querem conhecer.
A lua, com certeza quer saber
A musa que me inspira nesse verso.


Quem perdeu tanta vida e foi disperso,
De repente, começa a descrever
A magia fantástica de um ser
Divino. Quem amou sabe que adverso


Sentimento maltrata e pede cura.
A noite que vivi foi tão escura.
Do peito, uma janela, sempre aberta.


Mas não vinha, sequer, resto de luz.
De repente brilhante sol produz
Efeito alucinante enfim desperta...

X

Nos versos mais sinceros, nas versões
Que inversas são conversas descabidas.
Passando meus amores sem verões
Nos veros sentimentos tantas vidas.


Nas vozes mais veladas violões
Nas portas que viveram desabridas
Nas transas e nas tramas convulsões
Promessas de dentadas e lambidas...

No sumo do prazer não mais assomo
Nem tomo mais lugar se não quiseres.
Comendo pouco a pouco, cada gomo,


Sorvendo cada gume desta faca
Banquete que te quero, mil talheres,
A fome nessa fome nunca aplaca...

X

Entenda; a solidão nunca acompanha
Quem sabe da certeza deste amigo.
Por mais que tua dor seja tamanha
Decerto nos meus braços, teu abrigo...

Nunca estará sozinho, com certeza.
A mágoa que perturba já consolo.
Não deixe que te toque tal tristeza
Amiga deite aqui, toma meu colo...

Tanta dificuldade pela vida
Somente uma verdade te liberta.
E saiba, meu amor, minha querida;
Terás o meu apoio, esteja certa...

Não tema que esta vida te magoe
E se te maltratar, amor; perdoe...

X

Não maltrates amor, eu não mereço.
No relógio essas horas vão passando
O tempo de viver, aos poucos finda...
De tudo o que vivemos, nada sobra

Senão noite perpétua dos prazeres.
Não deixe que esta noite nunca morra,
Nem deixe que esse abraço seja em vão.
Faça de nosso amor, eternidade;

Fale de nosso encanto com alegria.
Não se esqueça amor; sempre serei teu.
O sonho que me invade é nosso sonho.
O tempo que passamos, fantasia...

No mar de nossos beijos, as delícias.
Delicadas e sensíveis, nosso amor!

X


Teus olhos mais formosos, de alegria,
Inundam os meus olhos sonhadores.
Se valem de perfumes, roubam flores
E marcam minha vida em poesia


Olhos que trazendo sempre o dia
Avalizam os sonhos, meus, amores;
Recebo satisfeito tais pendores
E marcho rumo à glória em fantasia...

Amores quais olhares sempre vejo
Nos mares entranhados de desejo
Espero a mansidão, ternura plena.


E sempre que te vejo e não me vês
Escuso, por ser bela, uma altivez,
Pois sei que valerá, decerto, a pena!

X

Querida, como é bom poder amar-te
Adorando cada vez que enfim te vejo.
Passando pela Terra busco Marte
E vivo mais ardente este desejo.

Querida como é bom ser timoneiro
Do barco que por certo irá salvar
Um coração que vive por inteiro
Eu Sei por toda vida, vou te amar...

Em cada novo verso que eu fizer
As horas se passando com o vento
Nos braços mais serenos de mulher
Que nunca me abandona o pensamento.

Eu quero estar contigo eternamente.
Morrer nos teus abraços, simplesmente...

X

Quando amor parecia tão distante,
Um sonho inalcançável, impossível,
Tristeza se mostrava em invencível
Combate
por um dia mais brilhante.


E quando eu procurava, a todo instante
Poder ressuscitar um sonho incrível,
Ser feliz; aparece mais visível
O rosto da mulher mais deslumbrante...

Dos mares que mergulho, tal beleza
Trazendo-me, de novo, uma certeza:
Minha vida será muito bonita...


Nos jardins que plantei em minha vida,
A mais bela das flores, margarida.
Sem noite dolorosa ou tão aflita...

X

Dourando ao sol teu corpo minha amada
Na pele bronzeada, meu desejo...
Vestida da nudez tão decorada,
Na boca carmesim, ânsia de beijo...

O sol lambendo as pernas; extasiado,
Os seios desnudados, belos montes...
O vento vai roçando sem pecado
Arrepiando todas belas fontes...

Ao ver tal maravilha; não disfarço,
Aos poucos me invadindo uma loucura.
Me enlevo em tal cenário, descompasso,
E beijo tua boca com ternura...

A tarde assim passando, sol e céu,
Me farto da delícia deste mel...

X

Por vezes sei que falam mal de mim,
Inventam ou aumentam o que fiz.
A vida, companheira, é mesmo assim,
Mas nada impedirá de ser feliz...

Vivendo com carinho e paciência,
Não deixo que isto tudo contamine.
Nossa amizade é feita de clemência
Pois nada impedirá que eu sempre estime...

Perdoe quem magoa, assim, amada...
Não dê razão a quem tanto te ofende.
Depois de cada curva desta estrada
Nas quedas, no cair, é que se aprende.

Sou teu amigo sempre e todo dia,
Não ouça, por favor, quem calunia...

X

Amigo, não critique tanto assim,
Ajude sem tentar me magoar.
Por vezes a ferida sangra sim
E pode demorar cicatrizar...

Quem tanto me critica não percebe
Que aos poucos solidão faz seu reinado.
Quem nunca dá também nunca recebe,
Aos poucos vai ficando, assim, de lado...

Se gostas, meu amigo, como falas,
Me mostre em teu caminho como agir.
Ajude a carregar as minhas malas,
Nós temos um caminho pr’a cumprir...

E digo, sem qualquer contrariedade,
Demonstre, nos teus atos, a amizade...

X

Se quando eu te contemplo face a face
Me ofuscas com o brilho deste olhar,
Tentando me ocultar, perco o disfarce.
E salto sem ter medo de chegar.

Me afogo em tua boca, na saliva.
Desejo nos teus lábios carmesim
O gosto do prazer que sempre viva
Em todos os momentos, sem ter fim...

Mergulho na emoção de ser só teu,
Afogo meu amor no teu festejo.
De tanto que se lute se esqueceu
Dos raios que em teus olhos sinto e vejo.

Sorriso diamantino e cristalino,
No beijo que trocamos, tão divino...

X

Ser nos sonhos de amor nunca sofreste
Sequer a simples sombra de um martírio;
Talvez querida, amor não conheceste;
Fingiste, simplesmente, tal delírio.

Falar desta emoção tão traiçoeira
Que fere e que comporta cicatriz.
Se nela se mergulha a vida inteira,
Se sabe quão amargo é ser feliz.

Enlevado por sonho sedutor
Que traz toda essa sede e não sacia.
Nos braços do divino e mago amor
Um brilho que nos cega e alumia.

Eu sinto teu carinho pouco a pouco,
De resto, tanto amor, ficando louco...

X

Teu seio tão delicado
Que cada vez mais me domina
Amor que tenho, recado
Que é dado e que me alucina

Vem dos versos que te faço
Que cometo sem juízo
Morena, vou no teu braço
Que é chave do paraíso.

Fazer meu canto primeiro
Meu amor, uma esperança.
Nas sombras deste salgueiro
Nos sonhos, uma criança.

Que tenta aprender a dança
Que dançando, não se cansa...

X

Lembra de tanta harmonia
Que sempre lavou meus olhos
Nessas noites de alegria
Que vieram, tantos molhos...

Nas estrelas que sorriam
Nos medos que não vingaram
Os dias se transcorriam
As dores nunca chegaram

Deixaram seus véus lá fora
Esquecidos no quintal.
Nosso amor não foi embora,
Ficou comigo afinal.

Na harmonia que juramos,
Tanto, tanto nos amamos...

X

LUZ DO AMOR.

Qual um sonho de pedra, minha vida,
Passada sem ter brilhos nem esperas.
Deitando sob as luas já perdidas,
Tragando nos meus ares, as quimeras.

Os rotos sentimentos dispersados,
Parecia desfeito em versos ocos.
Os cantos escondidos, mal guardados,
Caindo pouco a pouco, meus rebocos.

No coração de névoas enlutado,
Resquícios esquecidos de paixão.
Atado a tantas dores do passado,
Vivendo sem sentir uma emoção...

Mas vejo, no final, um frágil lume,
Trazendo em manso amor, tanto perfume...

X

Não se esqueça de mim, meu grande amor.
No mar que tantas ondas mergulhei,
Nas noites mais saudosas, lua cheia.
De tudo que na vida, procurei....

Amada, em você, todos os meus sonhos...
Eu sempre quero estar onde estiver
A boca mais bonita que já vi.
O gosto mavioso da mulher,

Mulher que sempre foi o meu sonhar...
Eu sempre lhe adorei, nunca se esqueça.
Tantas vezes chorando, tantas sorrindo...
Nas ondas que mergulho, no seu mar...

Amada, como é bom saber seu nome.
Lhe peço, fique aqui... Amor, não some...

X

Por vezes descuidada nem percebes
Os olhos desejosos que te ponho.
Nas ruas onde andaste, nestas sebes,
Marcada essa presença no meu sonho...

Tereis notado tanto quanto encanta
Quem segue; extasiado, teus caminhos?
Amor que em forte brilho não se espanta
E faz ser importante criar ninhos...

Quem ama sabe as dores em que vive
E busca em muito amor as alentar.
Lembro-me dessas noites onde estive
Nas ruas por amor novo buscar...

Te digo que é por isso que assim ando,
Persigo cada passo, te adorando...

X

Se nosso amor morreu no nascedouro
Tanto faz, já valeu, te gosto assim,
Tu nunca deixarás de ser meu ouro,
Teu brilho ficará pra sempre em mim.

Quero ser teu amigo e teu amor,
Eu estarei contigo se quiser
Nas batalhas, estradas, onde for,
Pra sempre companheiro teu, se der.

Jamais se preocupe mais comigo,
Vou livre e tão liberto nos teus passos.
Sabendo que se amante ou seu amigo.
Te estendo eternamente os meus abraços.

Amiga, tão amada e tão querida.
Sou teu eternamente, em toda a vida...

X

Nas delícias do amor, ó minha amante,
Sou o que não percebes mas consentes.
Espera que sorveste delirante
No fundo não sou nada do que sentes.

Mas tua alma infantil sabe quem sou,
Um verso que se esparsa em louco vento
Louva deus que se perde e se restou,
Um gosto adocicado, pensamento...

Recheio de esperanças, rocambole;
No canto de qualquer uma vitrine
De noite teu carinho vem e acolhe,
Mas expulsas nem bem noite termine...

Cavaleiro, corcel que imaginaste,
Na negra solidão que me encontraste!

X


Quero-te, minha amada, a cada dia,
Em todos os momentos que viver.
Trazendo em minha vida, a alegria,
Que sempre tanto fiz por merecer...

Incondicional, quero teu amor...
Estar sempre comigo, sem senão.
Nas horas mais difíceis, mesmo em dor;
Sabendo serenar meu coração...

Eu quero em teu amor, pura esperança
Da vida que virá, tenho certeza...
Dançando sem por que, conforme a dança.
Levando nossa trilha com leveza...

Eu quero em nosso amor, sinceridade,
E muito mais além; cumplicidade!

X

Minha querida amiga, mesmo só
Prossiga a caminhada pela vida.
Não queira imaginar que vira pó
Toda esperança nunca está perdida...

A luz que te ilumina está em ti,
Não tema escuridão no teu caminho.
Teu futuro por certo vai ali
O teu trilho jamais será sozinho.

Amada amiga, seja então feliz,
Com tua força sempre mais ativa.
De tudo que na vida sempre quis
A luz do coração mantenhas viva...

Quanto maior a treva que chegar,
Mais forte tua luz irá brilhar!

X

Nas asas deste amor que me castiga
Que trama meus pecados, salvação.
Deitando em nossa cama minha amiga
Encontro a divindade do perdão...

Eu quero te saber sem ter juízo
Nas asas dos desejos incontidos.
Sabendo que encontrei o paraíso
Em todos os carinhos, e sentidos...

Mergulho no oceano do prazer
Rolando em nossa cama, sem censura.
Vivendo nossa vida, por viver
Banhando meu amor, tua ternura...

E sinto nessas asas, liberdade,
Tragando em nossas noites, claridade!

X

Nos sonhos que tivemos, minha amada
Por certo em vendavais nos entregamos
Sem termos mais defesas, quase nada
Impede nosso sonho que traçamos.

Eu quero te sorver gota por gota
Na fome incontrolável do desejo.
Amor assim tão louco não se esgota
E quanto mais insano, mais te vejo...

E quero nesta brasa em que me dás
Arder sem ter mais medo de sofrer.
Sentindo o teu prazer eu sou capaz
De mesmo que distante, te saber.

Sentir o teu perfume, ter teu toque,
Meu corpo no teu corpo, nosso enfoque...

X

Rondando por platéias mais diversas
Persigo nosso espaço entre as estrelas.
Nas vozes que desprezas, nas conversas
Que sei que não terei como contê-las.

A velha sensação não se aproxima
De ter a solidão por sobre a mesa.
Retumba em meus ouvidos tanta rima
Mas sinto que somente em ti, beleza...

Nos sons apaixonantes do universo
Imensas profusões de sentimentos.
Receba sem disfarce esse meu verso
Que imerso nos sentidos, solto aos ventos.

Amor que tanto sinto inebriando,
Aos poucos, sem poupar, me arrebatando...

X

Na terra que encharcara com anseios
Em lágrimas e gozos misturados.
Vertendo cada gota nos teus seios
Rompendo tantos sonhos represados.

Ao ver-te embriagada nos delírios
Que formam um exército sem rumo,
Nas bombas explosões, velhos martírios,
Bebendo no teu corpo todo o sumo...

Recebo teus carinhos canibais
Sedentos e famintos, desespero...
E peço, minha amada, quero mais.
Em toda essa loucura me tempero...

E sugo teu amor, na nossa noite;
Com marcas de prazer e duro açoite...

X

Tão delicada, linda maviosa
A rosa que me encanta todo dia.
Sabendo que decerto é tão formosa
Que vive me invadindo a fantasia

A rosa nos seus lábios nega o beijo
E finge que não sabe deste amor.
Sentindo-me febril, tanto desejo,
Que queima e que tortura, tanto ardor...

No toque imaginado, uma loucura,
Que esconde por saber que quero tanto.
A rosa de propósito tortura
Pois sabe que me mata em seu encanto...

Ah! Rosa, meu amor não faça assim,
Venha perfumar o meu jardim!

X

Amiga, mergulhando em tantas trevas
Que sempre se parecem não ter fim,
As dores invadindo vêm em levas
Não
deixe o sofrimento vir assim.

Na luta contra o mal, o pulso forte,
A força de vontade e de vitória;
Refazem teu caminho e tua sorte,
Depois da tempestade, vem a glória.

Não tenha mais o medo da derrota,
Confie em tua garra e vencerás.
A vida simplesmente se conforta
Por mais que seja incrível, ganharás...

Vontade de vencer, eis o segredo.
Não deixe que te inunde o torpe medo!

X

Num sensual delírio; escultural,
Vencida pelo cheiro da esperança.
Aberto o coração sentindo astral
Que pela noite inteira sempre avança...

Estrelas transtornadas se diluem
Encarnam os amores que sonhara.
As horas nos desejos já se fluem
E formam a beleza tão mais rara...

Eu vejo nosso amor vagando incerto
Com pálpebras fechadas te imagino.
Singrando tanto mar, montes, deserto;
Sem rumo, sem final, um peregrino...

E sonho com teu corpo junto ao meu,
Amor que em nossos trilhos, se perdeu...

X

Ah! Mulher do sol, como te quero;
Sem rumo sem sentido sem ter nexo...
Vencido pelo ardor que sempre espero
Vertido num desejo mais complexo...

Mulher que me irradia sem saber
Sangrando em cada poro, uma esperança;
Receba de meus braços, tal prazer;
Que aos poucos, calmamente sempre avança;

Nascidos sob a luz que não se acaba,
No brilho que sugamos deste céu.
Aos poucos um disfarce se desaba
Montamos sem sentir, mesmo corcel;

E a noite nos convida a passear
Entregues num eclipse, te encontrar...

X

Deitada em sua cama, tanto sonha;
Carinhos prometidos, delicados...
A noite se deseja mais risonha,
Trazendo seus amores ansiados...

Na seda dos lençóis, perfumes, rendas,
O gosto deste amor que sempre quis.
Sonhando um beduíno, oásis, tendas.
Percebe que não custa ser feliz...

Detrás de uma cortina, a clara lua,
Vem invadindo o quarto, mansamente...
Beijando sua pele quase nua
Roçando a camisola transparente.

Olhando extasiada para o céu,
Sonhando com amor do seu corcel!

X

Tanto quanto amor quero em teu encanto
Que emana tanta luz que me atordoa
Coberto pela pele do teu manto.
Sonhando, o pensamento logo voa...

Pousando nos teus lábios carmesins
O doce deste mel que tanto sonho.
As noites sem começos e sem fins
Invadem com amor que te proponho...

E sinto teu perfume, minha amada,
Tão perto de me corpo, me enlouqueço.
Depois de tanto amor, nova alvorada,
Amor assim demais que não mereço...

E quero a maravilha mais formosa,
Poder ser tua abelha, minha rosa...

X

Amar é se perder em mansa chama
Na cama que se inflama do desejo.
Vencido pelo urdido enredo e trama
Formoso sentimento traz lampejo...

Nas labaredas queima, já me abrasa,
Das flores mais gentis, cravando espinhos.
Bagunça totalmente a minha casa,
Já me embriaga em sangue, tintos vinhos...

Consagro meu amor a quem me queira
Da forma mais serena e mais sedenta.
Deitado nesta rede, nossa esteira;
Voracidade intensa, me arrebenta...

São puros e profanos, sem pecado,
Nos dedos e na boca, meu recado...

X

Rondando sem sentido noite afora
Vestida da esperança, seu direito...
Por certo toda a noite colabora
Sem ter o teu amor mais satisfeito.

Repare como a lua não demora,
Repare como o mundo é do seu jeito.
A pele descorando, amor aflora
E toma quase tudo, contrafeito...

Amiga; não se iluda com teus medos;
São vários os caminhos para o amor.
Desvenda sem temer os seus segredos
Se vista de energia e de vigor.

Amiga, amor nos traz uma energia,
Que sempre se alimenta, em fantasia...

X

Nos vivos versos veros companheiros
Escrevo meus penhores mais sublimes.
Eflúvios esfumaçam verdadeiros
E levam tantas levas quanto estimes...

Sentindo o cintilar do sonho vivo,
Vagando nos diversos pensamentos.
Deitando em teu desejo sou lascivo
Nas bordas destes mares, sem tormentos...

Transmito em cada estrofe mais vibrante
Convulsionadamente meus anseios.
E quero nosso amor mais galopante
Vibrando de prazer, teus belos seios...

Meus versos te vasculham sem pudor,
Em nome da loucura deste amor...

X

Nasceste tão divina dos meus braços
Em plena insensatez, noites titânicas...
Vivemos tão atados, redes, laços.
Nas emoções indômitas, atlânticas...

Eu quero majestosa nossa trama
Num lance irradiante fulminado.
Ardendo tremulante, em tua chama,
Rasgando o teu conceito de pecado.

Dardejantes olhares vitimizam
Um lasso coração de ti refém,
Nas mãos que tanto caçam, imprecisam,
Buscando em cada toque o teu também...

E vamos neste amor que é tão fremente
Nas vagas deste mar, mais envolvente...

X

Nas frestas percorridas, nas janelas.
Nos dentes que cravaste tresloucada.
As bocas tão carentes e singelas
Se servem desta fome acumulada...

Rígidos movimentos circulares
Derramam nossos fluidos magnéticos.
Viajo por eflúvios estelares
Desejos mais divinos mais atléticos...

Aromas exalados sedutores
Humores misturados sem ter nexo.
Suores que se formam dos amores,
Formando esse compósito complexo.

Depois da maratona programada,
Descanso no teu colo, minha amada...

X

Quantas vezes invado teu castelo
E faço-te refém do meu desejo...
Num ato tresloucado me revelo
Imerso na beleza que, em ti, vejo...

Te prendo nos meus olhos, minha fada,
Requintes de magia, e de loucura.
Nas graças e delírios minha amada,
Num ato de paixão e de ternura...

Desejos enlevados, fantasias,
Em versos mais sensíveis te proclamo.
És dona dos meus sonhos, alegrias.
Não sabes meu amor, por que te chamo,

Nas doces maravilhas do teu sono,
Deitando sem temor, nosso abandono...

X


Não desanime amiga desta luta.
No final vencerás mais este embate.
Serenidade vence a força bruta
Não há na vida nó que não desate.

Mas creia na coragem de vencer
Sabendo que ninguém vai superar
Pois tens nos dons do amor o teu poder.
Amor que te dá forças pra lutar.

Bem sei quanto é preciso navegar
Se queres encontrar teu manso cais.
Não deixe essa esperança naufragar
E saibas que esse amor nunca é demais...

Não desanime nunca minha amada,
Depende só de ti, a tua estrada!

X

Querida, sou helianto
Buscando pelo teu lume.
Me espraio nos teus encantos
Me perco no teu perfume...

Não consigo um só momento
Viver sem poder beber
Perdido qual cata-vento,
Me enlouqueço de prazer.

Mulher que tanto irradia
Nos raios que me conquistam
Esquentando a lua fria
Meus olhos, loucos, te avistam.

E sinto que me enlouqueço
Bêbado, de amor, tropeço...

Nenhum comentário:

Postar um comentário