sábado, 30 de janeiro de 2010

23856

Voluptuosamente em ti eu mergulhei
Bebendo a falsa luz que tanto ainda emanas
E quando, temerária a sorte desenganas
Mudando a fantasia, encontro noutra grei

Os restos do passado, à sombra do que eu sei
Passando pela dor, por dias e semanas
Tristeza rapineira em águas tão mundanas
Fazendo do vazio a sua norma, a lei.

E tudo não passou de simples ilusão,
Aonde poderia em paz, a atracação
Se desde que me entendo, o velho ancoradouro

Deveras destruído, expondo nas ruínas
Realidade tosca, à qual já não dominas
E o sol deste verão; aonde, em vão me douro...

Nenhum comentário:

Postar um comentário