sábado, 30 de janeiro de 2010

23889

Insólita figura andando sobre a Terra
Aonde se imagina a imensidão profana
A sorte tanta vez a quem sonega engana
E o coração vazio aos poucos se desterra.

Enquanto a poesia é morta e já se enterra
O gozo sem limite, imagem soberana
Destrói a eternidade; a geração se dana
E morta desde então, a peça enfim se encerra.

Aonde poderia existir a semente
A pétrea insensatez soberba e poderosa
Matando em nascedouro, enquanto a sorte glosa

Não deixa que respire um ar bem mais tranqüilo,
Invés do pleno amor, peçonha já destilo
Moldando em turbulência um sol vão e inclemente...

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