sábado, 30 de janeiro de 2010

23885

Caminha sempre surda a turva humanidade
Bebendo a solidão em taças de cristal,
Aonde se pudera amor fenomenal
Apenas encontrando a dor que nos invade

E teima simplesmente erguendo cada grade
Sem ter sequer notícia aonde este final
Nos levará contudo, a cada vão degrau
Escada nos conduz ao cume que degrade

Resíduo tão profano aonde houvera um sonho
Eu mesmo não escapo e em trevas decomponho
O tanto que foi dado em pleno e farto amor

Deveras deveria haver bem mais cuidado,
Porém no olhar ateu apenas o pecado
Merece tanto aplauso e até, glória e louvor.

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