domingo, 31 de janeiro de 2010

23927

Já não suportaria o grande desafeto
Que tu me demonstraste ao negar a esperança,
E quando em mar sombrio uma alma enfim se lança
O gozo do passado, em mágoas, eu repleto.

Não pude perceber do outrora predileto
Caminho sobre o qual a vida já balança
E o tempo se transforma e sinto na mudança
O quanto que perdi no sórdido concreto

Granítica verdade esconde a fantasia
Enquanto no passado, estúpido trazia
No olhar torpe sorriso; agora lacrimejo

Expondo enfim tão nua a clara realidade
Sem ter sequer nas mãos a luz que ainda aguarde
O tolo caminheiro envolto num desejo...

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