Aventando uma sorte expressa em luz sombria,
Aonde se fez calma a rota tempestade
E o gosto do vazio ainda chega e invade,
Mostrando a realidade imersa em fantasia,
Na sorte que buscara a dor que não queria,
O mar sempre bravio; ausente liberdade,
Nas mãos do cantador a voz que desagrade
Emoldurando assim, o que fora utopia.
Arcar com cada engano e teimar prosseguir,
Negando desde já qualquer doce porvir,
Assim, não poderei sentir outra emoção,
Já que não mais traria o quadro que me alente,
Caminhos em que eu ande, eu finjo estar contente
Sabendo que depois, borrascas voltarão...
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