sábado, 30 de janeiro de 2010

23883

Apenas sobrará a ossada e nada mais
Por isso para que soberba em teu olhar
Depois de certo tempo, o nada há de encontrar
Aquela que sonhara em dias magistrais

Ser mais do que pensara, além de todo cais
A deusa soberana, esposa do luar
Ao ver-se transformada em pó irá brilhar?
Enquanto a voz do bardo em tons fenomenais

Eternizada em glória, um dia a bela diva
Agora já desfeita, em rugas e terrores
Ouvindo a melodia encarnará tais cores

Que a poesia trama e mantém sempre viva
A força que se impele e molda tais matizes
Diversos das que tens, imensas cicatrizes...

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