sábado, 30 de janeiro de 2010

23880

Delírios sensuais em noite convulsiva
Expressam violência aonde quis a paz,
A sorte desvirtua o quanto sou capaz
Mantendo a velha chama ainda sempre viva,

Por mais que na verdade a vida já me priva
Do quanto desejara e nada satisfaz
Poeta se perdendo, a glória não se faz
Enquanto a fantasia, em tantas dores criva

O peito que se encanta e morre sem remédios,
Aguardo a solução; e imerso em frios tédios
Ingratidão se mostra amiga e companheira,

O medo se desnuda e chego ao fim de tudo,
Mesquinha sedução, na qual inda me iludo,
A morte mansamente assim de mim se inteira...

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