sábado, 30 de janeiro de 2010

23876

Fruindo mansamente em mim doce ternura
Aonde imaginara a dor e a virulência
Apenas só te peço, enfim tenhas clemência
Que a sorte a cada tempo em quadros emoldura

Diversa maravilha, às vezes amargura
E tendo disto tudo eterna consciência
Tu saberás viver e tendo esta ciência
Verás que na verdade, o amor já te procura

Amarga desventura, a terra mal plantada
E tudo o que eu vivera; eu sei não fora nada
Senão inútil noite aonde em vão granizo

O frio acometendo e a geada espalha
Por sobre a plantação a turva cordoalha
Deveras hibernando o sonho que preciso...

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