sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

23791

A chama mesmo sacra ainda teima
E devasta toda a sorte de esperança
Aonde a solidão cruel avança
O tempo na verdade já se queima,

Em meio aos constelares diademas
As nebulosas tomam o cenário,
O amor que sempre fora necessário
Agora se prendendo em vãs algemas.

Por mais que nada temas, inda crês
Nos dias mais atrozes e venais,
E enquanto procuravas por um cais
A vida se perdendo num talvez

A nossa embarcação, naufrágio à vista,
Sem ter sequer um bote que inda a assista...

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