sábado, 30 de janeiro de 2010

23849

Ouvindo deste amor o som que me entorpece
Deixando à flor da pele anseios mais ferozes,
É como se talvez ainda em paz pudesse
Vencer a tempestade e as mãos destes algozes.

O amor quando demais, se faz além de prece
Enquanto caminheiro, escuto em mansas vozes
O canto que procuro e tanto me enlouquece
Deixando no passado angústias tão atrozes.

Seria muito bom poder ter a certeza
Da imensidão do rio em plena correnteza
Descendo para a foz que encontra nos teus braços,

Vivendo fartamente a imensidão da luz
No sonho mais premente o amor que nos conduz
No rastro que persigo; amenos, finos traços...

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