sábado, 30 de janeiro de 2010

23844

Vontade de morrer em meio aos tantos medos
Percebo que o vazio aos poucos me domina
E aonde imaginara a luz mais cristalina
Apenas encontrando o imenso dos degredos,

Pudesse ainda crer e ter mansa paz. Ledos
Descaminhos tendo e deles me alucina
A sorte em vagos tons enquanto em podre sina
Escondo o que podia imaginar segredos.

E quando num soneto aos vastos eu me entrego
Bebendo da aguardente amarga em rumo cego
Escondo-me em tocaia, aguardo a fúria e a fera

Percebo quão tolo o estúpido que tenta
Enfrentar os leões; a morte violenta
É tudo o que decerto ainda ao torpe espera.

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