sábado, 30 de janeiro de 2010

23845

Envelhecendo o corpo uma alma há muito morta
Expondo em podridão aquilo que foi vida
Na decomposição a sorte adormecida
O quanto que inda resta; eu sei; já não importa.

Apenas o terror, ainda me conforta
Espero pela glória há tanto em vão, perdida,
Quem crê numa esperança e disto inda duvida
Num mar em calmaria aguarda um manso porto.

Etérea fantasia, o canto em doces tons,
A sorte se mostrando envolta nos neons
Mas sei que nada disso expressa a realidade;

Procuro em negro céu, o brilho de uma estrela
Não consigo jamais, embora busque vê-la.
Descobrir soluções, pergunto em vão, quem há de?

Nenhum comentário:

Postar um comentário